Bingo! A espiritualidade entrou no Conselho Federal de Medicina
Há uns dias fiquei em estado de muita alegria ao tomar conhecimento de que o Conselho Federal de Medicina criou uma Comissão de Saúde e Espiritualidade para estudar o assunto, pois no meio já é sabido que práticas ligadas à fé podem influenciar respostas a doenças e tratamentos.
Essa notícia já reforça o que alguns temas tratados na nossa coluna de Espiritualidade nos Negócios já sinalizam: a espiritualidade vem ganhando força nos espaços sociais de trabalho e organizações que buscam melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas e da sociedade. Sugiro que você leia a coluna onde cito sobre a importância de se ter um CSO dentro de uma empresa que não necessariamente precisa ser um cargo, mas sim uma consciência.
Conforme relato ao “Valor Econômico”, a nova comissão vai estudar, segundo o psiquiatra Bruno Paz Mosqueiro, “qual é o efeito nas pessoas que vão semanalmente, por exemplo, a um encontro [religioso] ou que têm o hábito de fazer suas preces, orações, uma meditação”. É o mesmo que estudar sobre os impactos da atividade física na saúde, só que agora são as práticas espirituais.
Aprofundando mais sobre o tema na área da medicina, achei uma live muito rica de conteúdo, onde o Dr. Bruno explica no detalhe algumas definições e estatísticas que corroboram para o nascimento dessa comissão, na minha visão. Bruno Mosqueiro cita na live que atualmente há diretrizes da associação mundial de psiquiatria sobre aprofundar no tema espiritualidade. Talvez estejamos atrasados em não considerar mais esse tema nas nossas abordagens e intervenções em todas as áreas, principalmente nas que se dedicam a desenvolver pessoas.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
Segundo as estatísticas apresentada na live, 84,7% da população mundial relatam pertencer a um grupo religioso e no Brasil 83,8% das pessoas relatam que a religiosidade é algo muito importante em suas vidas.
A espiritualidade se demonstrou muito eficaz para transtorno por uso de substâncias, suicídio e depressão. Especificamente para os pacientes em depressão, 82% acreditavam ser importante o questionamento sobre espiritualidade, porém somente 36% foram questionados sobre o tema. E 68% dos pacientes relataram interesse em integrar em seus tratamentos o tema espiritualidade, ou seja, há uma necessidade latente por parte das pessoas, mas os profissionais ainda não usam na intervenção.
Em breve, muito em breve, a prescrição de meditar, orar, entrará em protocolo de cuidado da saúde das pessoas e isso será um pulo para entrar nos negócios, afinal 1/3 do tempo da maioria das pessoas está no trabalho. Vida longa a este conselho e também muita saúde e proteção divina a todos os profissionais envolvidos nessa temática de despertar as pessoas para uma vida muito mais feliz, saudável e conectada com as virtudes humanas.
Ouça a rádio de Minas