Lições ancestrais de liderança; veja quais podem fazer a diferença na sua empresa
Nos últimos dias estive em companhia dos povos originários Noke Koi, guardiões de parte da Floresta Amazônica, e desenvolvi um olhar direcionado para eles e me fiz a pergunta: quais as lições, melhores práticas e comportamentos observáveis que os povos originários poderiam passar para as lideranças das empresas? Observando, convivendo e principalmente não julgando, entrei em contato com pessoas dessa cultura e elegi alguns pontos que considero fundamentais para qualquer liderança de negócio.
• Propósito e amor pelo servir: indiscutível como eles amam o que fazem e como são apaixonados pelo compartilhar.
• Relacionamento genuíno: Não prestam atenção no que você fala, mas o que você faz por eles e reagem com a pureza de uma criança ao perceberem que algo foi feito de maneira intencionalmente positiva.
• Relação com o tempo: aqui um dos pontos de maior desafio com o mundo da cultura brasileira no geral. A relação com o tempo envolve autorrespeito e muita paciência em tudo o que fazem. Se não sentem que podem fazer algo pelo cansaço ou pela condição, respeitam esse espaço, mas também se você pede algo, eles se prontificam a fazer, como cantar, por exemplo
• Amor pela saúde e pela natureza: amam coisas naturais e onde tem área verde (chamam de floresta) param e ficam admirando.
• Lealdade aos seus: andam sempre juntos trazendo a comunidade sempre no discurso.
• São empreendedores: buscam sempre fazer parcerias para demonstrar seu trabalho e gostam de trabalhar. Todo dia é dia…
• Usam o bem-estar espiritual como meio para tomar decisões importantes.
• Comunicação compassiva e amorosa: possuem amorosidade na fala e são hábeis com as palavras, gerando um carisma estratégico com as pessoas.
• Valorização da cultura: tem amor e orgulho das suas terras e do seu povo. São patriotas e guardiões reais de suas terras. Elas são sagradas e não estão à venda.
Incrível perceber como os pontos acima são básicos, mas ainda são difíceis de estarem no dia a dia das lideranças de muitas organizações. Aqui, percebe-se que esses comportamentos definitivamente são fundamentais para uma liderança mais humanizada e engajada com propósitos de impacto positivo.
Como já citei em colunas anteriores, o jeito de formar líderes não está funcionando mais. É necessário algo real e genuíno para tocar o coração das pessoas e replicar modelos realmente transformadores e entrar em contato com aqueles que vieram primeiro pode ser algo que vai mudar completamente a vida das pessoas, o acesso à simplicidade e à verdade da alma, elemento fundamental para liderar qualquer processo.
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