Espiritualidade nos Negócios

A presença indígena no Rio Innovation Week

Evento deste ano teve como foco a “Humanização em tempos de inteligência artificial”

No período de 13 a 16 de agosto, participei de um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo, O RIW – Rio Innovation Week, na sua 4ª edição, contou com um espaço de 70 mil metros quadrados no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. O evento contou com uma média de 350 expositores, milhares de palestrantes e o foco deste ano foi de “Humanização em tempos de inteligência artificial”.

Surpreendi-me positivamente com a participação dos povos originários no contexto de negócios. Desde casos ligados à criptomoeda até o universo da moda, nossos ancestrais estão cada vez mais ganhando o tão merecido espaço e colaborando com os seus saberes para que novas formas de pensar estejam presentes no mundo dos negócios.

Me chamou atenção também neste evento o quanto se falou da importância da inteligência afetiva para o contexto de inovação. Uma das palestras mais lotadas, ao final, as pessoas faziam filas para dar um abraço no palestrante âncora. O tema qualidade de presença, também no contexto familiar, foi trazido com muita força e preocupação ao mesmo tempo. Foi muito importante presenciar essas falas que geraram empoderamento das conexões reais e do cultivo diário de emoções positivas nessas relações.

Outro ponto muito interessante no evento foram as tendências para o mercado de luxo. O termo sustentabilidade está crescendo entre os famosos e está cada vez mais presente na curadoria da criação de eventos e experiências turísticas que envolvem o bem-estar e o cuidado com o meio ambiente.

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Foi lindo ver também a B2Mamy, a maior comunidade de mães do Brasil, neste evento com um espaço que promoveu debates sobre inclusão no mercado de trabalho, empreendedorismo e desafios com crianças atípicas.

Mas voltando à participação dos povos originários, ficou clara a importância do sentir e do cultivo de comportamentos básicos como um olhar no olho do outro. Foi extremamente rico visualizar os povos originários falando de temas ligados ao contexto de negócios, sem falar necessariamente da causa indígena, trazendo-os para um lugar “comum” e ao mesmo tempo necessário para a realidade dos negócios atual. Veja algumas das intervenções realizadas:

• Ubiraci Pataxó (@ubiracipataxo), mentor de autoconhecimento, em uma das suas apresentações trouxe a importância desse tema e fortaleceu o exemplo de uma conexão verdadeira.

• Weena Tikuna (@weena_tikuna), ativista e influencer de moda que estava representando a maior comunidade de indígenas da Amazônia, fez o público refletir sobre quem deve guardar a natureza, colocando a importância para todos assumirem a responsabilidade.

A tecnologia esteve também muito presente no evento não só nas palestras e nas experiências de realidade virtual, mas na infraestrutura. Em função de um ambiente aberto e barulhento, os palcos foram montados com fones de ouvido para que cada participante pudesse ouvir os palestrantes além de uma tradução simultânea para quem estava fora da sala do palestrante. Via código de barra, era possível escutar a palestra, mesmo não estando presente na sala.

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