Saúde mental não é sorte; veja insights do Check-up de Bem-Estar
A boa notícia das constantes altas de afastamento do trabalho que estamos vivenciando ultimamente é que o investimento em pesquisas de saúde mental está abrindo cenários que merecem atenção como a negligência de gerações, o racismo estrutural e a importância de não pensar em soluções que não vão na causa real do problema, como o uso constante de medicamentos que poderia ser evitado com medidas de melhoria do estilo de vida.
Na coluna dessa semana, separei para vocês alguns insights do Check-up de Bem-Estar 2024 da Vida Link. A pesquisa de 2024 ouviu cerca de 10 mil colaboradores de 220 empresas, com mais de 300 colaboradores, como Apple, iFood, Johnson & Johnson, Nestlé, PepsiCo e TIM. Dentro da amostra, 49% dos entrevistados eram mulheres e 51% homens.
É importante observarmos que saúde mental é um tema complexo porque suas soluções envolvem questões econômicas e políticas como boas infraestruturas de transporte, oferta de alimentos saudáveis nos estabelecimentos, moradia etc. Os números abaixo poderão te ajudar a enxergar e a construir as melhores estratégias para o bem-estar do seu time e também se conectar com a realidade de maneira mais compassiva e colocar o bem-estar das pessoas no centro da estratégia do seu negócio
Algumas informações da pesquisaVida Link:
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
• 31% da população informou que não faz nada para cuidar da saúde mental
• 65% dos profissionais sentem-se ansiosos, angustiados ou sem vontade de fazer nada na maior parte dos dias
• 36% das pessoas pretas e pardas dizem não fazer nada para cuidar da saúde mental; entre os brancos o número cai para 26%
• Geração Millenials é a que menos se cuida: 37% das mulheres e 39% dos homens entre 28 e 43 anos não fazem nada para cuidar de sua saúde mental
• A dupla jornada de trabalho é 79% mais frequente entre mulheres em comparação com os homens
• 40% das mulheres pretas ou pardas dizem praticar exercícios uma ou mais vezes por semana, enquanto percentual sobe para 51% entre as mulheres brancas
• 48% dos profissionais acham que sua alimentação pode melhorar
• 26% dos profissionais estão insatisfeitos com a qualidade do sono
• 45% das pessoas brancas dizem ter uma boa saúde financeira, enquanto pretos e pardos somam 35%
Cabe às organizações proteger o bem-estar psicológico dos colaboradores e criar condições para que a saúde mental evolua. Um exemplo clássico disso é a oferta de alimentos processados e refrigerantes em coffe breaks. Você pode facilitar a alimentação mais saudável com frutas e sucos naturais ou estimular a alimentação mais insalubre com alimentos processados. Não é que isso irá resolver a saúde mental do indivíduo, mas já reforça o compromisso nos pequenos detalhes. Lembre-se que saúde mental não é uma questão de sorte, é uma questão de hábito somada a um mercado consciente que oferece produtos e serviços alinhados com esse propósito.
A pesquisa completa está disponível no link.
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