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Ansiedade financeira e caminhos para a prosperidade

A ansiedade financeira não é apenas uma preocupação com dinheiro; é uma resposta psicológica que afeta tanto o corpo quanto a mente
Ansiedade financeira e caminhos para a prosperidade
Foto: Amanda Dias Divulgação

Você já perdeu o sono pensando nas contas que vencem no fim do mês? Já se sentiu tão pressionado por uma dívida que parecia não ter saída? Essa sensação de sufocamento é chamada de ansiedade financeira e afeta milhares de brasileiros diariamente, principalmente aqueles que já enfrentaram ou ainda enfrentam momentos de escassez.

A ansiedade financeira não é apenas uma preocupação com dinheiro; é uma resposta psicológica que afeta tanto o corpo quanto a mente. Para muitos, isso se torna um ciclo sem fim.

Quando vivemos na escassez, nossa mente entra em um “túnel” psicológico, focando apenas no problema imediato. Isso explica por que é tão difícil pensar em economizar quando o aluguel está atrasado ou quando falta comida em casa.

O problema é que, ao tentar resolver o “aqui e agora”, acabamos tomando decisões que nos colocam em situações ainda mais difíceis no futuro — como pegar um empréstimo com juros altos ou parcelar compras desnecessárias.

Imagine uma família que recebe o salário e, antes do dia 10, já está com o limite do cartão de crédito estourado. O foco está no curto prazo, e o longo prazo fica esquecido. Esse ciclo de urgência e escassez aumenta o estresse e, muitas vezes, a sensação de fracasso.

A boa notícia é que existe uma saída. Construir uma reserva de emergência pode ser o primeiro passo para sair desse túnel e reduzir os impactos psicológicos da escassez. Essa reserva funciona como um “colchão” que amortece os golpes dos imprevistos, dando a segurança necessária para lidar com problemas sem se afundar em dívidas.

Mesmo em um orçamento apertado, é possível poupar. Identifique pequenos vazamentos nas suas despesas diárias e avalie onde pode cortar. Por exemplo, aquele cafezinho diário fora de casa pode ser substituído por uma opção feita em casa. Parece pouco, mas pequenas mudanças somam. Estabeleça um valor inicial para começar, sem se preocupar em juntar uma grande quantia de uma vez.

Outra dica importante é automatizar o processo: configure uma transferência automática para uma conta separada assim que o salário cair. Isso evita que o dinheiro seja gasto antes de ser poupado. E, por último, evite tocar no dinheiro da reserva, deixando-o reservado apenas para emergências reais.

A reserva de emergência deve estar em um lugar seguro, mas também acessível e que permita algum rendimento. Algumas opções são a poupança, que é uma opção simples e sem custos, ideal para quem está começando, embora com rendimento baixo; contas digitais com rendimento automático, como as de bancos como Nubank ou PicPay, que oferecem rendimento diário maior que a poupança e permitem saques rápidos; e o Tesouro Selic, uma opção mais segura e com boa liquidez para quem já tem mais experiência.

Construir uma reserva financeira não acontece da noite para o dia, mas cada real poupado é um passo para sair do ciclo da escassez. Mais do que um alívio para o bolso, é um alívio para a mente e o coração. 

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