Finanças em Foco

Impactos da Web3 para profissionais da economia criativa

Estudo da CNI mostra que a economia criativa deve empregar 8,4 milhões de pessoas no Brasil até 2030

A sociedade anseia por inovação e conta com isso para suprir as necessidades de desenvolvimento profissional e sobrevivência. É esse o motor propulsor da economia criativa, que alia a criatividade à cultura digital para produção de conteúdos.

A economia criativa tende a ser desenvolvida principalmente pelos que desejam empreender em áreas relacionadas à criação, como a moda, o audiovisual, o design, e pelos que atuam na produção cultural. Fato é que a dimensão tecnológica oferecida pela Web3 e o uso de tecnologias, como a realidade virtual e a inteligência artificial, fazem com que o fator humano ganhe ainda mais solidez nos processos.

São dois os conceitos complementares, quando se fala em economia criativa: o valor econômico gerado por processos que envolvem a produção e distribuição de bens e o valor criativo, que está relacionado aos pensamentos inovadores, às experiências emocionais e ao imaginário das pessoas.

Um estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI) – núcleo da inteligência e análise de dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) – mostra que a economia criativa deve empregar 8,4 milhões de pessoas no Brasil até 2030. Além disso, espera-se que um a cada quatro novos empregos criados nos próximos anos seja em setores e ocupações da economia criativa, de acordo com o ONI. No emprego criativo, o crescimento será de 13,5% até 2030, comparado a 4,2% nos demais setores.

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Mas para chegar lá, garantindo a transformação digital na economia criativa, o Brasil precisa garantir alguns avanços tecnológicos, que foram mapeados pelos estudos Creative Economy Outlook 2022/Unctad, 2022, Creative Disruption: The impact of emerging technologies on the creative economy – WEF. 2018 e Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil – Firjan 2022.

É preciso melhorar a infraestrutura para aumentar a digitalização, ampliar o acesso à internet, impulsionar a internacionalização das pequenas e médias empresas, ter regras claras sobre propriedade intelectual no ambiente digital e, especialmente, melhorar as habilidades de pesquisa de mercado, marketing, design de sites, logística, pagamentos on-line e atendimento ao cliente.

Considerando que a maioria dos envolvidos na economia criativa são profissionais autônomos – especialmente os criadores de conteúdo -, é importante lembrar que as soluções da Web3 podem ajudá-los a acessar com maior facilidade produtos financeiros (carta de crédito, empréstimos e financiamentos, por exemplo) e a suprir algumas de suas necessidades financeiras por meio das carteiras digitais e moedas descentralizadas.

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