Motivos que levam a perder dinheiro na renda fixa e como evitá-los
A renda fixa é conhecida como uma modalidade de investimento de baixo risco, especialmente comparada às variáveis. Mas ainda assim existem riscos em torno dos produtos financeiros de renda fixa. Ainda que seja um investimento mais conservador no mercado, o investidor deve levá-los em conta antes de alocar seus recursos.
Fazer o resgate antes do vencimento, não avaliar o risco de inadimplência do emissor dos títulos e ignorar as condições gerais de mercado no momento do investimento estão entre os principais motivos que levam à perda de dinheiro.
No segundo trimestre deste ano, a renda fixa ganhou 1,2 milhão de investidores, um crescimento de 7% comparado com o mesmo período do ano passado, conforme a Bolsa de Valores do Brasil.
Entendo que ao comprar um título de renda fixa, existem diversas maneiras de perder dinheiro com ele. Afinal de contas, por mais que seja o segmento mais seguro do mercado, isso não implica em ser isento de risco. Uma forma de perder dinheiro é quando o devedor não honra com o compromisso, sendo assim você toma um calote e perde o seu recurso. Os casos envolvendo as empresas Rodovias do Tietê e Americanas são exemplos que impactaram diversos investidores.
Outra forma de perder dinheiro é com a venda antecipada de títulos da renda fixa. Caso a marcação a mercado seja negativa, é possível vender um título por menos que ele vale. Outra forma de perder dinheiro na renda fixa é quando esse investimento rende menos que a inflação, sendo assim, ele tem uma rentabilidade real negativa.
A estratégia de investir é fazer o dinheiro render e não ser corroído pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que atualmente está em 4,24% no acumulado de 12 meses, segundo o IBGE.
Mas existem algumas alternativas que podem ser adotadas para evitar perder dinheiro na renda fixa. O investidor deve estar bem atento se ele consegue ficar com esse título até o vencimento para não ter que fazer essa venda antecipada e entrar no risco de mercado e/ou liquidez na hora de vender.
Junto disso, é preciso fazer uma análise risco x retorno do papel que se está entrando: se faz sentindo no momento da compra. Uma alternativa para aumentar a confiabilidade de sucesso da estratégia é ter um assessor financeiro de confiança para orientar nesse processo e, se preciso, indicar um bom gestor de renda fixa.
Os produtos que não estão cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) devem ser olhados com mais atenção, sendo os principais: debêntures, CRIs e CRAs. Essas dívidas têm infinitas especificidades e devem ser analisadas com alta cautela. Garantias, opções embutidas, momento financeiro da empresa, covenants devem ser analisados antes de se fazer uma alocação em renda fixa, principalmente fora do FGC.
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