Planejamento financeiro: a chave para realizar grandes aquisições

Quando falamos sobre planejamento financeiro, muitos enfrentam desafios em visualizar seus objetivos a longo prazo. Esse cenário frequentemente dificulta o planejamento de grandes compras ou a concretização de sonhos que demandam mais organização e preparo financeiro.
Segundo os dados da Pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), 58% dos brasileiros pensam em planejar seu futuro, porém na prática a maior não sabe por onde começar ou qual estratégia usar para comprometer-se com seus planos.
A falta de nitidez e disciplina na organização do orçamento familiar pode transformar a aquisição de um bem ou a realização de uma viagem em um processo desgastante. Porém, com algumas etapas bem estruturadas, é possível alcançar o objetivo, preservando a saúde financeira.
A primeira etapa no planejamento para grandes aquisições é compreender sua capacidade financeira atual. Antes de pensar no bem desejado, é essencial organizar as finanças cotidianas, identificando os limites e possibilidades do orçamento. Esse exercício permite ainda um diagnóstico se você está investindo os seus recursos financeiros em compras por impulso ou em gastos que não fazem sentido para a sua prioridade.
Na sequência, é preciso detalhar o que será necessário para concretizar o objetivo financeiro. Quatro pontos são fundamentais aqui: Primeiro, entender exatamente quanto custa o bem ou a experiência desejada. Segundo, identificar as possibilidades de pagamento: será necessário financiar? Existe a possibilidade de pagar à vista ou utilizar o cartão de crédito? Ter nitidez sobre as opções de aquisição ajudará a escolher a estratégia mais adequada à realidade financeira. O terceiro ponto é estabelecer um prazo para atingir a meta.
Planejar a compra daqui a um, dois ou cinco anos faz toda a diferença na forma como os recursos serão acumulados. E, por último, construir cenários alternativos. Esse exercício permite avaliar opções que podem atender à necessidade imediata sem comprometer o orçamento.
Por exemplo, ao planejar a compra de um imóvel, é interessante explorar as diferenças entre opções como um apartamento de um, dois ou três dormitórios. Será que o imóvel de menor valor atenderia às necessidades no momento, permitindo que a compra de um imóvel maior seja realizada em outra etapa da vida?
Da mesma forma, ao adquirir um veículo, a escolha por um carro seminovo pode ser a solução temporária enquanto o sonho de um modelo novo, mais completo, é construído com planejamento e paciência. Construir cenários alternativos não significa abandonar os grandes objetivos, mas adaptá-los ao momento financeiro tornando tudo mais sustentável.
A grande estratégia é construir um plano, entendendo os objetivos e desenhando o caminho para conquistá-lo evitando endividamento e compras impulsivas. Afinal, realizar um sonho não deve significar uma dor de cabeça. Pelo contrário, deve ser fruto de uma organização consciente que promove um bem estar financeiro. Como diria Elisa Lucinda e Emicida: “Digo que sou sonhador, mas sonhador na prática!
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