Finanças em Foco

Do Pix aos contratos inteligentes: veja a revolução nas transações com dinheiro

O Pix, por exemplo, se tornou um case mundial clássico de sucesso

As transformações tecnológicas impactam no comportamento das pessoas, inclusive na nossa forma de lidar com o dinheiro, e são capazes de mudar todo um sistema econômico. Se antes a carteira precisava estar recheada de notas, moedas, cheques e cartões, hoje é bem diferente: um smartphone, do modelo mais simples, e conexão com internet pode solucionar qualquer demanda do dia a dia. 

Recentemente, mediei um painel no Minas Summit, organizado pelo Órbi Conecta, grupo FCJ e comunidade San Pedro Valley, que trouxe exatamente esse assunto à tona. Os especialistas que subiram ao palco –  Pedro Saliba, head of corporate venture no Banco do Brasil; Murilo Guimarães, superintendente de crédito do banco Inter; e Danilo Herculano, head set investors M&A e new business no BMG – explicitaram como a revolução com a digitalização do dinheiro estão criando novas formas de transações no dia a dia dos brasileiros. 

O Pix, por exemplo, se tornou um case mundial clássico de sucesso. A inovação brasileira permite transações instantâneas, todos os dias da semana, 24 horas por dia. Quem viveu a era de que o dinheiro “vivo” ter que ser depositado no banco e, posteriormente, as transferências que demoravam dias para serem aprovadas, sabe bem o quanto isso foi revolucionário. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseados em levantamentos divulgados pelo Banco Central (BC) e pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), mostraram que em 2023 foram feitas 42 bilhões de transações com o Pix, um crescimento de 75% em comparação com o ano anterior.

São mudanças impulsionadas pela aceleração da tecnologia, mas também com foco em simplificar a vida das pessoas, em uma administração financeira completa na palma da mão. E esse é apenas o começo. Com o aumento da segurança, a partir da blockchain, acompanhamos o aumento dos criptoativos, criptomoedas e as CBDCs, moedas digitais emitidas por bancos centrais. 

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No Brasil, o Drex – o real digital – está passando por uma nova etapa de testes. Mas, já existem municípios em São Paulo e Ceará utilizando criptomoedas para pagamentos. E Sergipe tem um caso interessante, onde o uso de moedas digitais ajudou a reter dinheiro na economia local, o que fomentou o desenvolvimento econômico e também reduziu a saída de capital. Com todos esses avanços, veremos, em breve, tokenização de títulos públicos e transações cross-border.

 Se hoje o natural já é pegar um Uber cobrado automaticamente no aplicativo, comprar um sapato com desconto por meio do Pix e fazer o sacolão da semana com pagamento pela carteira digital, estamos caminhando para um momento onde será possível, digitalmente, usar um patrimônio como garantia de empréstimo instantaneamente. E não para por aí. 

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