O Brasil e seu povo são reconhecidos no mundo, mas ainda é preciso melhorar
Andando pelo interior da China, em cada esquina tinha um chapéu com o nome do Ronaldiño, assim mesmo. Na Cidade do Cabo, na África do Sul, esbarrava com publicidade das Havaianas em cada esquina e no hotel de 5 estrelas serviam cachaça Germana, de Nova União, encontrada também em bares chiques de Notting Hills, em Londres. Caipirinha em Santa Mônica, Califórnia. Gilberto Gil em Ljubljana. Pelé é um símbolo de arte no futebol no mundo inteiro. Obras de Niemeyer, Brasília.Teve época que novelas brasileiras eram hit na China, Europa e África.
O Brasil e o seu povo têm, sim, uma imagem e uma presença importantes e reconhecidas no mundo. O Brasil é respeitado independentemente de atos dos governos ou incidentes conjunturais. Com sua presença diplomática, é um dos países com maior número de embaixadas no mundo e, com a reconhecida competência do seu quadro diplomático, é um player indispensável em qualquer assunto mundial. Veja o resultado da reunião do G20. Show de bola na diplomacia, mas lamentável no futebol. Perdemos a liderança. Nossos atletas mesmo assim brilham e em inúmeros outros esportes são campeões.
No campo comercial, paradoxalmente, oferecemos ao mundo o que temos. Uma base produtiva agrícola sob domínio da comercialização de empresas multinacionais, ou seja, somos mais comprados do que vendemos. Na área de mineração, a situação é melhor com a Vale, mas mesmo assim predominam empresas não brasileiras na comercialização. A nossa base industrial, que foi destruída durante anos, é predominantemente de empresas estrangeiras, que são orientadas para o mercado local e quiçá para o Mercosul. Poucas têm base industrial exportadora aqui. É devido ao custo Brasil e à carga tributária, além de o foco ser o mercado local.
Mas para quem tem o comando do capital no Brasil, pode-ser dizer que há bons exemplos de integração e sucesso no exterior. Para começar, na área de engenharia houve exemplos que por razões de práticas comerciais não foram edificantes, mas do ponto de vista de engenharia sim. Hoje há construtoras brasileiras nos Estados Unidos edificando casas com grande sucesso.
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Outro caso é o Banco Inter. Pensando bem, saindo das alterosas e ser banqueiro nos EUA não é pouca coisa. A Marco Polo e a Randon são duas outras boas histórias. A Weg, de Santa Catarina, é líder mundial em motores. Miolo, com vinhos na China. Stefanini, com serviços de tecnologia, inclusive na Romênia. Farmacêutica, na Sérvia. E outros exemplos bons. Mas insuficientes para equilibrar o balanço de pagamentos dependente majoritariamente de commodities. O turismo, que tem um potencial enorme, com ministério e tudo, é maior na saída de brasileiros do que na entrada dos estrangeiros. Vamos seguir bons exemplos e nos integrar mais ao mundo para crescer no Brasil.
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