Conflito no Oriente Médio só terá fim com a solução de dois Estados
Assassinatos, estupros, mutilações, sequestros, crianças, jovens, adultos, idosos, sem restrição, civis e militares, perpetrados há exatamente um ano pelo grupo terrorista Hamas em Israel, provocaram um conflito cujo fim não está à vista.
É absolutamente surpreendente que Israel, com os melhores serviços de inteligência e forças armadas, não tenha detectado o ataque dos terroristas e tenha subestimado a sua força militar.
E o desastre humanitário iniciado pelo Hamas, que domina a Faixa de Gaza, continua cada vez mais intenso, expandindo-se para Líbano, onde outra força terrorista islâmica, o Hezbollah, domina a política, o estado e o território de onde ataca diariamente Israel.
As origens desse conflito sangrento estão na divisão de Oriente Médio após a Primeira Guerra Mundial, com a queda do Império Otomano. Essa divisão artificial dividiu povos, religiões, nações e criou Estados artificiais.
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E a criação de Israel em 1948, em que o Brasil teve na votação na ONU um papel importante, ao reconhecer o direito do povo judeu a ter seu próprio Estado, também não resolveu a questão dos palestinos. Mas, já durante a Segunda Guerra Mundial, o Mufti de Jerusalém, líder muçulmano na então Palestina, se uniu a Hitler para dizimar os judeus. E, desde a sua fundação, o Estado de Israel sofreu inúmeros ataques.
O conflito de hoje ultrapassa as fronteiras de Israel, que tem todo o direito de se defender de grupos como o Hamas, que querem a destruição de Israel e a morte de todos os judeus. O extremismo árabe, alimentado por potências regionais com infinitos recursos em armas e dinheiro, alimenta também um extremismo que vai além da luta para sobrevivência, do lado de Israel. É a luta de um estado democrático, mas dominado por extremistas, contra um grupo terrorista religioso. É difícil achar diálogo quando não os povos, mas seus dirigentes políticos, sobrevivem de conflito e não de paz.
E o conflito hoje envolve proxies do Irã, que querem destruir Israel, e alimenta vários grupos terroristas. A instabilidade no Oriente Médio afeta os preços de petróleo, as rotas de comércio, ou seja, a economia mundial.
As grandes potências estão envolvidas e os políticos estão divididos. É tema da eleição norte-americana. O presidente francês Mácron exige a proibição de venda de armas a Israel, mas ninguém, by the way, jamais disse onde os terroristas do Hamas obtêm dinheiro e armas. E o primeiro-ministro da França disse que o apoio a Israel e sua sobrevivência estão fora de debate.
O antissemitismo cresceu de forma assustadora. Ser judeu no mundo hoje – e a maioria quer paz – é difícil. O conflito só será resolvido por meios de negociação de uma paz em que Israel esteja em segurança, e palestinos tenham a sua sobrevivência assegurada. Ou seja, a solução de dois Estados. Shalom.
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