Giro pelo mundo

Do futuro interno e externo do Brasil e do mundo

Somos afetados por fatores externos, impactando a estabilidade do real e os efeitos inflacionários externos

Para depois dos fogos de artifício, por sinal lindos, barulhentos e poluentes, continuamos em um mundo que nos assusta com mudanças climáticas, conflitos armados como na Somália, Ucrânia e Oriente Médio, entre bilhões de pessoas com fome, fortalecimento de ditaduras como na Venezuela e Irã, produzindo bomba atômica, diversos ditadores africanos fazendo o pior possível nos seus países.  A lista não terminou. Ainda temos a situação no Myanmar, uma ditadura militar das piores, e o leste asiático, sempre tremendo quando Correia do Norte lança seus mísseis, e no estreito de Taiwan começam exercícios militares chineses que também atacam os barcos pesqueiros filipinos. 

Como a China vai resolver seus problemas econômicos para manter o seu poderio e como o governo Trump, boquirroto, vai, com o poder que obteve nas últimas eleições, realizar seu programa, leia suas ameaças, é melhor ficar abaixo da mesa e esperar. O fato é que, goste ou não, é o governo de Trump que vai determinar em muito como será o nosso mundo daqui para a frente. E nisso, lamentavelmente a favor, é melhor que seja ele do que Putin ou Xi.

Na vizinhança, tem um novo governo de esquerda no Uruguai, perturbações na Bolívia, ditadura do Maduro consagrada e Millei na Argentina. Se consolidar as políticas monetárias e conseguir crescimento, no que certamente os EUA vão ajudar, vai ser bom para Brasil. E com a Europa perdida no seu desenvolvimento, profundamente afetado pela crise da Ucrânia, o conflito com Rússia e a guerra tecnológica com a China, eis outra situação que nos afeta. rápidas mudanças tecnológicas além de transição energética e complexidade geo econômica, afetam nossas exportações que representam 40 % do nosso PIB.

Sim, somos afetados por todos esses fatores externos inclusive a estabilidade do real e os efeitos inflacionários externos.

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É fácil discutir o complexo mundo que nos cerca e nossa interdependência com ele. Mas, definitivamente o nosso desenvolvimento e o crescimento tanto da economia como da renda per capita, estabilidade cambial e monetária, inflação controlada, é bem mais dependente de fatores internos do que externos. Mas, nos deslizes que acontecem na economia brasileira, em grande parte resultado de ações políticas, é sempre mais fácil culpar os fatores externos do que fazer dever de casa. E com tempos complexos por aqui e mais as variáveis externas, é sim bom levar em consideração um provérbio antigo mineiro, caldo de galinha e prudência não fazem mal a ninguém.

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