Giro pelo mundo

Minas está no mundo e o mundo está em Minas

Se Minas quer continuar crescendo, sua sociedade tem que estar mais e mais atenta ao que acontece no mundo; leia artigo

Minas Gerais nasceu no mundo quando o Brasil foi descoberto. Foi de Minas que saíram as primeiras riquezas que sustentaram o império português por séculos. A Estrada Real foi o rio terrestre de escoamento de diamantes aos quais se juntaram ouro, prata e mais e mais até chegar aos dias de hoje, quando o Estado é o terceiro maior exportador, mas o primeiro em ajudar o Brasil a formar seu superávit comercial, que sustenta a economia brasileira.

Em quatro meses, Minas exportou US$ 13,4 bilhões, importou bem menos que isso, U$ 4,9 bilhões, e produziu com suas exportações de minérios, ligas de alumínio, café e soja e manufaturados 8,5 bilhões de superávit comercial. Resultado formidável para o Brasil ter recursos externos para seu desenvolvimento.

Mas números não são tudo. Há uma integração internacional invejável. Um corpo consular, com Itália, Argentina, EUA, entre outros consulados presentes, câmaras de comércio, como de Israel e Índia, escolas internacionais, como a Fundação Torino e a NorteAmericana. Uma Fundação Dom Cabral que é referência mundial em ensino gerencial, a Escola gerencial do SEBRAE, comemorando 30 anos, outra referência global, a UFMG, com seus centros de pesquisa de nível mundial, e o primeiro centro Google de pesquisa no Brasil.

A riqueza cultural que transcende as fronteiras, como os Grupos Corpo, Skank e Sepultura, além dos inúmeros artistas, como Milton Nascimento e outros de sua geração. Nesta área pouco reconhecida, Minas tem uma fama mundial que é totalmente subestimada. Diria que mais pela modéstia mineira do que pela ignorância.

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Poucas são as regiões na América Latina que têm com seus produtos uma marca como Minas: café Minas, pão de queijo, cachaça. No Hollywood boulevard, em Los Angeles, tem pão de queijo. Em Nothing Hills, em Londres, você encontra cachaça Germana. Em Ljubljana você encontra café de Minas da mais alta qualidade.

O estoque de capital estrangeiro no Estado, em alianças com o capital local ou não, tem tradição. Lembra da expressão Uai, que veio do inglês Why?, e tem crescido nas novas áreas, como de lítio. É só lembrar que o primeiro investimento japonês, após a Segunda Guerra Mundial, foi na Usiminas. E, sem misturar os itens econômicos, lembremos de inúmeros imigrantes japoneses, italianos, alemães, judeus, árabes e de todo parte, que construíram e constroem um Estado solidamente mineiro, mas inserido no mundo. Sem esquecermos as empresas mineiras, em especial de engenharia, como a Mendes Júnior, que se expandiram pelos quatro cantos.

Por isso tudo, se Minas quer continuar crescendo, sua sociedade tem que estar mais e mais atenta ao que acontece nessa aldeia global. Minas está no mundo e o mundo está em Minas. Intrinsicamente ligados. O que acontece atrás das montanhas de Minas tem efeitos benéficos ou desastrosos para o cidadão mineiro, para seu bem estar, para seu emprego e para a sua família.

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