Giro pelo mundo

O verdadeiro papel da diplomacia e dos diplomatas

A diplomacia tem como objetivo buscar a paz, a estabilidade global e a cooperação internacional

O tempo que o mundo está vivendo, e o Brasil faz parte desse mundo, é complexo e está afetando o nosso cotidiano, além de obscurecer o nosso futuro. Para tempos complexos, o país precisa de pessoas qualificadas para resolver essas situações. O chanceler alemão Bismarck disse “que quando termina a diplomacia, começa a guerra”. E como vamos resolver, por exemplo, o nosso mais recente conflito comercial com os Estados Unidos? Com diplomacia ou com guerra?

Para começar, há uma confusão mental em utilizar os termos diplomacia e diplomatas, que só aumenta na medida em que a necessidade de resolver uma situação é, como é o caso nos dias de hoje, premente de se resolver. Eis a definição da Wikipédia:

A diplomacia é um conjunto de ações e práticas utilizadas por representantes de países para conduzir relações internacionais, incluindo negociações, mediação de conflitos, promoção de interesses nacionais (políticos, econômicos e culturais) e a construção de acordos e tratados pacíficos entre nações. Executada por diplomatas, a diplomacia busca manter a paz, a estabilidade global e a cooperação internacional, utilizando o diálogo e a não-violência como ferramentas principais.

Na estrutura governamental no mundo inteiro, é o Ministério das Relações Exteriores, no Brasil chamado Itamaraty; na França, Quai d’Orsay; nos EUA, State Department, que cuida da execução da política externa. São funcionários de Estado, servidores públicos concursados que seguem carreira. No Brasil, são admitidos 30 candidatos num universo de 6 mil que prestam o concurso todo ano. Com curso superior concluído, estudam por dois anos no Instituto Rio Branco, a terceira academia diplomática criada no mundo (a primeira foi a de Viena e, segunda, do Vaticano) e começam a carreira como terceiro secretário.

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E, em seguida, segundo, primeiro secretário, conselheiro, fazendo de novo uma tese para passar para ministro de segunda classe e depois atingir com muitos anos de carreira o ápice, Ministro de primeira classe, Embaixador ou Embaixadora. A esposa é Embaixatriz. Ou seja, um bom tempo de estudo, conhecimento e suor, mudanças pelos países para estar capacitado para representar o Brasil.

A banalização, mesmo havendo mais de 100 cursos de relações internacionais no Brasil, da diplomacia e a distribuição do título de embaixador aos jogadores, dançarinos e outros não nos deve confundir em uma hora como esta, para entender que são os profissionais que vão achar os caminhos para a solução do conflito. Os demais, com muita boa vontade podem ajudar, como está acontecendo esta semana nas discussões em Washington, mas os diplomatas, que têm informação, canais de diálogo e por Constituição o encargo de representar o país, é que os são responsáveis para obter resultados. Claro, desde que os políticos de plantão não atrapalhem.

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