Boa aparência e a influência no sucesso profissional

Em 2016 uma pesquisa americana revelou que pessoas “muito atraentes” ganham 22% a mais do que aquelas de “atratividade média”. Realizado pelas Universidades Chicago e Califórnia, o estudo foi feito com mais de 14.000 pessoas que responderam perguntas sobre seus rendimentos, profissão, educação, personalidade e outros atributos. A análise sugeriu que, entre as mulheres, o modo como é aplicada a maquiagem, o cabelo e o estilo de roupas, foi, na verdade, o grande responsável por quase toda diferença salarial entre elas, nas mais diferentes atividades. Já para os homens, a aparência não fez muita diferença. Quase dez anos depois, como está essa questão?
É importante ressaltar que a boa aparência não é sinônimo de beleza, mas sim de cuidados com a higiene, a vestimenta e a postura. É fato que a aparência física pode ter um impacto significativo e influenciar a forma como os profissionais são percebidos. A capacidade e o desempenho profissional são os fatores mais relevantes para o sucesso, no entanto, uma boa aparência pode abrir portas, transmitir confiança e fortalecer a imagem profissional criando uma reputação favorável. Logo, a aparência combinada com a competência profissional, comunicação clara e o bom desempenho contribuem para alcançar o sucesso no mercado de trabalho. Como já disse Glória Kalil, “Boa aparência não substitui competência, mas não há competência que não se beneficie de uma boa aparência”.
Conhecemos o impacto da primeira impressão, que é uma análise que fazemos de tudo e de alguém ao conhecermos. Isso vale para os recrutadores em relação a um candidato e também para os primeiros contatos com clientes e outras tantas ocasiões. A ideia é causar uma impressão positiva, seja para conquistar a vaga, o cliente ou apenas para ser admirado. Logo, aqueles que se cuidam têm um visual mais atraente e acabam obtendo mais chances de crescimento.
Quando falamos de boa aparência não estamos nos referindo a padrões de beleza, mas de cuidado pessoal que inclui banho diário, cuidados com unhas, cabelos e barba, odores (excesso de perfume, mau hálito e odor nas axilas), além de roupas e calçados limpos e adequados ao ambiente de trabalho. É claro que em algumas profissões a aparência faz parte da representação profissional e exige mais cuidado, como aquelas ligadas ao atendimento ao público, pessoas que estão sempre expostas na mídia, entre outras.
Lembramos que já houve um tempo em que a boa aparência constava dos quesitos para seleção de profissionais. “Há algumas décadas os critérios de seleção podiam incluir a beleza como critério de desempate entre candidatos. Mas, mais do que apelo contra a discriminação, a exigência da boa aparência deixou de fazer sentido para o mercado que precisa de força de trabalho e competência de ambos os sexos. Mas a apresentação pessoal com vistas à contratação pode ser um momento-chave não só para conseguir o emprego pretendido, como também para iniciar ou consolidar uma carreira positivamente”, afirmou Lena Vidigal, diretora da empresa de recolocação de executivos, Quatre, em entrevista a um jornal da capital.
O termo “boa aparência” foi banido dos descritivos das vagas, mas ainda permanece na consciência de quem contrata, de quem promove, de quem representa ou mesmo de quem quer crescer profissionalmente. O cuidado com a aparência é um investimento em si mesmo que pode refletir positivamente na autoestima e na confiança profissional.
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