Competitividade brasileira: a hora da virada
O Brasil enfrenta desafios significativos e .apresenta oportunidades promissoras, como revelado pelos últimos rankings de competitividade. Segundo o International Institute for Management Development (IMD), o País ocupa a 62ª posição global, cinco lugares acima do último colocado. O estudo no Brasil tem parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), ambas entre as melhores escolas de negócios do mundo.
A pesquisa utiliza dados estatísticos oficiais e entrevistas qualitativas com líderes empresariais para avaliar a competitividade e, nesta edição, analisou 67 economias, baseando-se em quatro principais pilares: Performance Econômica, Eficiência Governamental, Eficiência Empresarial e Infraestrutura. Esses pilares são subdivididos em 336 indicadores nacionais e internacionais, oferecendo insights sobre transformação digital, produtividade e atratividade para investimentos globais. Em 2023, o Brasil se posicionou frente aos sete últimos países. Ocupou o 62º lugar em mão de obra especializada e o 49º lugar em fuga de talentos para o exterior.
Na edição vigente, o País destaca-se também no acesso a contas bancárias, liderando na América Latina, com 84% de adultos bancarizados. A matriz energética segue como referência quanto a energias renováveis e o fluxo de investimento direto estrangeiro, apesar de taxas de juros elevadas, continuam a ser pontos fortes em 2024. No entanto, desafios persistentes incluem a educação em gestão, habilidades linguísticas (STEM), e dívida corporativa, com o País ocupando a penúltima posição em habilidades financeiras e educação.
O diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da FDC, Hugo Tadeu, ressalta que o ranking identifica oportunidades significativas para o Brasil, especialmente em Performance Econômica e Eficiência Governamental, impulsionadas por subsídios governamentais.
Entre as ações para mudar ponteiros, a FDC sedia o Centro de Referência em Inovação (CRI), a partir de Minas Gerais e São Paulo, reunindo instituições públicas, privadas e acadêmicas no desenvolvimento de iniciativas que fomentam a inovação nacional.
Essas análises refletem não apenas as dinâmicas econômicas e educacionais do País, bem como orientam políticas públicas e estratégias empresariais, fundamentais para fortalecer a posição do Brasil no cenário global de competitividade.
Para download do estudo e demais análises, confira o site do IMD.
*Coluna produzida em parceria com Francis Aquino, jornalista especializada em Marketing Estratégico, Administração e Gestão da Informação. Presidente do Conselho Inovação
ACMinas. Consultora de transformação cultural e inovação.
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