Futuro da humanidade depende de ações que começam agora
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), as mudanças climáticas afetam a disponibilidade de água, tornando-a mais escassa em mais regiões. O aquecimento global agrava os períodos de seca em regiões onde a falta de água já é comum e leva a um risco maior de secas agrícolas, afetando plantações, e secas ecológicas, aumentando a vulnerabilidade dos ecossistemas. É um fenômeno que tem sido registrado nas últimas décadas e evidencia um aumento anormal da temperatura média da Terra e, para evitar impactos desastrosos, como ondas de calor mais longas, tempestades mais intensas, incêndios florestais e outras consequências mais graves é preciso agir hoje.
Esta semana são celebradas duas importantes datas: o Dia Mundial da Terra e 100 anos do World Energy Council (Conselho Mundial de Energia).
Aconteceu em Roterdã, Holanda, entre os dias 22 e 25 de abril, o 26º Congresso do World Energy Council (WEC), sob o tema “Redesenhando a energia para as pessoas e o planeta”, e trouxe discussões riquíssimas sobre o trilema: Sustentabilidade, Acessibilidade e Segurança, neste importante momento que vivemos a necessidade da transição energética.
Único evento global sobre energia que reuniu mais de 250 palestrantes de alto escalão e mais de 70 ministros e chefes de estado, mais de 7.000 participantes internacionais que atuam no setor de energia. O Congresso promoveu os mais altos níveis de diálogo entre governos, empresas, pesquisadores e comunidades de todas as formas e tamanhos. Unindo setores, geografias, gerações e sistemas para fazer transições energéticas mais rápidas, mais justas e mais abrangentes, desafiando o pensamento convencional e buscando impulsionar ações para progredir em transições energéticas limpas, justas e inclusivas em todas as regiões do mundo.
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E não poderia começar em melhor dia: Dia Mundial da Terra, cuja finalidade é criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, importância da conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger o planeta. Foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de abril de 1970, para reconhecer a importância do planeta e alertar sobre a urgência e necessidade de preservar os recursos naturais do mundo, que em 2024 aborda o tema: Planeta versus Plásticos.
A comunidade WEC foi construída por uma liderança visionária em uma época de turbulência pós-conflito (1923), com o objetivo global de reconstruir os sistemas energéticos para proporcionar a paz e garantir que a energia pudesse trazer benefícios para todos. Desde esta primeira reunião de 41 países, o WEC vem atuando de forma colaborativa em quase 100 países, desenvolvendo soluções, inspirando ações de liderança e promovendo o fornecimento e utilização sustentáveis de energia em todo o mundo.
O Conselho Mundial da Energia tem convocado líderes mundiais para um diálogo construtivo e colaborativo e foi a primeira organização a ligar a equidade social e os interesses energéticos na década de 1930. Esta comunidade vem atuando em busca de progresso nas energias renováveis há mais de 70 anos, antes mesmo de governos começarem a investir em instalações de investigação e a implementar políticas para promover a sua utilização.
O Conselho estabeleceu o primeiro programa mundial de Líderes Energéticos do Futuro há mais de 40 anos, e o Trilema Energético Mundial prático ajudou a medir e gerir o progresso na transição energética, ligando a segurança energética, a acessibilidade e a sustentabilidade durante mais de 15 anos. Hoje, contribui para moldar e informar a política energética em mais de 120 países.
No Brasil desde 2023 esta comunidade também foi reativada e conta com diversos atores engajados em prol de um objetivo comum.
Com uma comunidade energética profundamente local, mas globalmente conectada, o WEC atua numa posição única buscando moldar o futuro da energia para qualidade de vida de milhões de pessoas e um planeta saudável, mas principalmente que seja capaz de sobreviver às mudanças climáticas em curso.
Mas este problema é de todos nós e precisamos repensar hábitos, entender melhor nosso papel neste processo e como podemos contribuir não apenas para minimizar emissões de gases de efeito estufa como atuar em soluções de descarbonização. Vamos juntos construir o futuro que começa agora e queremos para nossos filhos e netos.
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