Como funciona a gestão das multinacionais na era da IA
As estratégias das empresas multinacionais estão em constante evolução, especialmente diante do desafio de otimizar suas operações globalmente e, ao mesmo tempo, alinhar a implementação dessas estratégias aos objetivos locais. Esse processo tem sido impulsionado, em grande parte, pelo avanço das ferramentas digitais, com destaque para o uso da Inteligência Artificial (IA).
Gerenciar um cenário internacional complexo, repleto de realidades distintas, exige que as equipes locais sejam ouvidas e possam contribuir com suas ideias para o desenvolvimento regional. É fundamental superar a desconfiança que, muitas vezes, permeia essa relação devido às diferenças de poder hierárquico. E é essencial compartilhar a visão global com todas as unidades — independentemente da distância em relação à matriz, para manter a unidade do negócio e, ao mesmo tempo, permitir a adaptação às necessidades regionais.
A coordenação estratégica continua sendo um pilar estrutural e exige uma comunicação fluida entre a matriz e as subsidiárias. Para que esse processo ocorra de maneira eficaz, as equipes precisam confiar umas nas outras e sentir-se à vontade para fornecer feedback, sem receios ou censuras.
Nesse contexto, torna-se crucial inserir um novo nível de coordenação dentro das empresas globais, pautado na confiança e no aprendizado contínuo. Ferramentas de gestão e comunicação desempenham um papel central nesse processo. Além disso, superar barreiras linguísticas e culturais é um desafio que exige paciência e determinação. O domínio de um idioma comum — ainda que não seja a língua nativa das equipes — deve ser incentivado, sempre valorizando as competências individuais dos funcionários.
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A tecnologia tem um papel crítico nesse cenário. Ferramentas de tradução automática já facilitam a comunicação entre equipes distribuídas globalmente e ter uma política de treinamento de longo prazo pode ser a chavepara garantir que os intercâmbios ocorram de maneira eficiente, com o suporte da inteligência de máquina.
A IA oferece, ainda, novas oportunidades por meio da coleta e análise de dados sobre o mercado, por exemplo. Os clientes e as redes sociais tornam-se vetores essenciais para compreender as realidades de cada região. Além disso, o uso da tecnologia digital permite que as equipes locais automatizem tarefas repetitivas, liberando tempo para uma atuação mais estratégica e direcionada.
Por fim, defendo que estudar esse comportamento, promover pesquisas e incentivar a integração entre profissionais em formação e aqueles já inseridos no mercado são ações fundamentais. Visto que não há fórmulas prontas para o sucesso, formar líderes com uma visão ampla, que saibam equilibrar as ambições locais com uma estratégia global bem definida, é um ponto de partida sólido para a construção de mercados mais lucrativos e sustentáveis.
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