Como reconhecer os líderes da nova economia?
Em um cenário onde política e economia se entrelaçam, a ascensão de novas lideranças deveria ser marcada por visão e compromisso ético. No entanto, magnatas da tecnologia, que combinam o comando de empresas bilionárias com ambições políticas, mostram um quadro preocupante. Longe de serem visionários humanistas, muitos priorizam o curto prazo e exploram temores sociais, agravando a crise de confiança nas instituições.
Cada revolução industrial trouxe crenças em um futuro melhor, seguidas por desencanto, pois a riqueza criada não beneficiava a todos. A revolução digital ocorre em meio a tensões geopolíticas, pressões migratórias e mudanças climáticas, afetando jovens e adultos vulneráveis à manipulação digital, ansiedade e promessas demagógicas de proteção. As empresas se adaptam ao seu tempo, mas os líderes precisam ir além da estagnação para garantir a sobrevivência e relevância de suas organizações.
Como diretora de uma IES em Negócios e Direito, vejo como essencial incentivar líderes empresariais a comprometer-se ética e cientificamente com os desafios digitais. Eles devem compreender o cenário global, acompanhar os principais players do setor e decodificar estratégias de inovação. Isso requer aprendizado contínuo, humildade para retornar às salas de aula, ainda que virtuais, e disposição para construir redes de qualidade, onde há troca de ideias e suporte profissional duradouro. Esse processo ajuda a superar a falta de objetividade e a solidão, reduzindo erros na tomada de decisão.
Liderança também se expressa na comunicação eficaz com a equipe, que precisa estar envolvida nas estratégias organizacionais. A análise de dados torna-se essencial, exigindo uma abordagem ética e abertura para a crítica, permitindo a previsão e mitigação de riscos. Não há fórmula mágica, mas há competências fundamentais que devem ser cultivadas. O autoaprendizado, facilitado por módulos acessíveis na internet, é um excelente complemento para despertar a curiosidade e fomentar descobertas. No entanto, sozinho, não basta para formar líderes na nova economia, um ambiente repleto de armadilhas e ilusões.
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Os líderes sempre dependerão de intuição e inspiração, mas a falta de competência e interesse científico limitará seu alcance e sua capacidade de conduzir a equipe. O verdadeiro líder da nova economia deve equilibrar inovação, ética e conhecimento para navegar nesse cenário dinâmico e desafiador.
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