IA é um dos caminhos para a sustentabilidade
Geneviève Poulingue*
Trabalho em edifício inteligente. Na faculdade SKEMA, as salas de aula se preparam sozinhas para a chegada dos alunos por meio de um controle de automação que define temperatura do ar, quantidade de luz, posição das cortinas, o computador e o projetor da sala.
O sistema do edifício, integrado à rede França, também permite acesso à lousa interativa, o quadro branco que se transforma em computador e é acessado por touchscreen. Por meio dela, o professor tem acesso ao Teams e pode gravar e transmitir aulas. O controle de ruídos das salas separa sons captando mais fortemente as vozes. Em salas menores, no lugar da lousa, a televisão touchscreen mantém o acesso aos arquivos.
Tudo isso parece apenas conforto. Mas economiza energia, recursos humanos, promove bem-estar e, por isso, fomenta a sustentabilidade. É importante que cada um tome sua parte na responsabilidade de defender o planeta e cuidar das gerações futuras.
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Por isso, o direito, a inteligência artificial e a sustentabilidade foram os temas escolhido para o IV Congresso Internacional de Direito e Inteligência Artificial, CIDIA, realizado pela faculdade SKEMA, com apoio do Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Direito (Conpedi).
A cidadania contemporânea e acesso ao direito ambiental passam hoje pelo entendimento acerca do papel crucial da inteligência artificial no desenvolvimento sustentável. A economia circular, o capitalismo consciente, os movimentos de reutilização de produtos, o uso da IA por órgãos de defesa do meio ambiente são alguns dos exemplos de que ela é potencializadora do acesso à cidadania ambiental.
Quando olhamos o que essa tecnologia pode fazer e o que está sendo usado vemos um hiato a ser preenchido. É fundamental que haja um letramento digital social e também junto às instituições públicas para que toda essa potência da IA seja efetivamente usada pelo bem da humanidade. Há muito a ser feito e toda a sociedade deve estar engajada em pesquisar e debater o assunto.
Eventos como o CIDIA, formação de advogados comprometidos com a longevidade do planeta, formação de uma sociedade capaz de usar a inteligência artificial como ferramenta de transformação social e fortalecimento econômico propiciam a proteção do ecossistema glocal, ponto importante da sustentabilidade dos povos.
Há muito a ser feito e ainda estamos longe do ideal. Mas há um caminho sendo trilhado. Quando vejo nosso Congresso com recorde de participação, 33 Grupos de Trabalho, 260 propostas de artigos e resumos expandidos de pesquisadoresde 20 estados brasileiros e 5 países do mundo, grande parte deles dedicados ao debate da sustentabilidade, me encho de esperança.
O CIDIA é um evento científico consolidado na agenda acadêmica e já contou com a participação de mais de mil pesquisadores oriundos de todo o Brasil e de outros países em suas três edições anteriores. Foram apresentados quase 700 trabalhos científicos, que resultaram na publicação de 42 livros.
Por toda essa relevância, convido todos a conhecerem, especialmente porque se dará em 01 e 02 de junho, às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente. O evento será transmitido ao vivo e gratuitamente pelo YouTube da SKEMA para o público em geral.
Acesse: https://www.youtube.com/c/SKEMABUSINESSSCHOOLBRASIL
* Economista, presidente da Câmara de Comércio Internacional França Brasil/ Minas Gerais e reitora da Faculdade SKEMA Business School
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