Espumante ou Malbec: duas opções para o Dia dos Pais
Uma pesquisa recente, realizada nos Estados Unidos, traz as preferências de quase 10 mil bebedores de vinho. O estudo, conduzido pela CivicScience – que fornece dados sobre consumidores em tempo real -, aponta peculiaridades do consumo entre o público feminino e o masculino. E, sem muita surpresa, o tinto é a escolha de 55% dos homens.
Aqui no Brasil, um levantamento conduzido pelo Instituto MDA Pesquisa, por meio de convênio entre o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS) e o Sebrae Nacional, também aponta uma predileção maciça de 80% pelos tintos.
Guardadas as diferenças entre a população dos dois países, os resultados das pesquisas não surpreendem nem lá, nem cá: os tintos são mais populares. O que realmente me chamou a atenção, porém, foi uma curiosidade da pesquisa da CivicScience. Nos Estados Unidos, entre os consumidores de vinho branco e espumante, 41% são pais, indicando uma possível ligação entre esses rótulos e a vida familiar.
Será que a mesma lógica se aplica no Brasil? Você daria uma garrafa de espumante nacional para seu pai neste domingo?
Se for por excelência da garrafa, eu diria um alto e sonoro SIM. Potência na produção de espumantes, Altos de Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul – nossa Denominação de Origem (DO) – abastece o mercado com rótulos que ganham notoriedade mundo afora. Garrafas como Cave Geisse Extra-brut (2021) e Extra-brut Val&Churchill, da Valmarino (2021), impressionam tanto na embalagem quanto no paladar.
Num segmento mais acessível, há grandes indústrias como Salton, Nova Aliança, Chandon e o Grupo Miolo, com produtos de grande qualidade, perfeitos para um brinde no almoço em família.
Mas será que essa é mesmo a preferência dos pais brasileiros?
Não há números que comprovem esse favoritismo. Por aqui, as pesquisas apontam que, casados ou solteiros, gostam mesmo é de tintos secos.
Portanto, deixemos que todo o estereótipo masculino ocupe os espaços, com suas churrasqueiras em brasa, facas afiadas, carnes suculentas, muita fumaça e sua harmonização mais clássica: a uva Malbec, a casta francesa que virou ícone da Argentina.
Nesse quesito, “O Guia Descorchados Argentina 2025” deu uma mãozinha e listou três deles para beber “por litros”, o conhecido custo-benefício: o Martini Wines (2024/Mendoza), a Santa Julia El Burro (2024/Mendoza) e o Vinos de La Luz Perlas del Callejón (2024/El Cepillo). Todos encontrados facilmente em e-commerces.
Dos pés da Cordilheira dos Andes, da Indicação Geográfica de Los Chacayes (terras altas ao norte de Mendoza), chegam vinhos mais complexos e um pouco mais caros, como o Riccitelli Los Chacayes Malbec (2021).
Ainda entre os destaques hermanos, com bons preços, há blends interessantes: Alpamanta Breva Blend Tinto (2023/Ugarteche) e Finca Feliz La Cielito Hileras Únicas (Bonarda, Syrah/2023/Santa Rosa).
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