Vinho da Casa

Feira reúne mais de 30 países para mostrar o que têm de melhor nas taças e prateleiras

A ProWine é tipo um spoiler das gôndolas e prateleiras de lojas especializadas em bebidas

Feira voltada ao público de negócios, a ProWine é tipo um spoiler do que vem por aí nas gôndolas e prateleiras de lojas especializadas em bebidas. Este ano, foram 15 mil visitantes ao longo de três dias de exposição, com 1.402 marcas de 34 nacionalidades. Como esta edição estava setorizada por países, com as bandeiras indicando a localização dos expositores, por vezes me senti numa realidade ampliada de um supermercado mundial.

Quem garante o impacto logo de cara são as estrelas das festas de fim de ano: os espumantes nacionais, que ganham cada vez mais mercado interno e externo. Muitas luzes e borbulhas entre os estandes das tradicionais Casa Valduga e Salton, que lançou uma campanha para acabar com a ideia de que espumante é uma bebida apenas para ocasiões especiais e que combina perfeitamente com o churrasco de fim de semana. Concordo plenamente!

Uma boa surpresa veio da Nova Aliança, agora repaginada e com approach mais íntimo, chamada apenas de Nova: um espumante, feito pelo método tradicional, tipo champanhe, por menos de R$ 100. Logo ali na frente, entre os clássicos mundiais da Moët Henessy, a Chandon, outro ícone das borbulhas no Brasil, comemorava sua primeira participação na ProWine. O estande, um luxo só. Como a bebida!

A surpreendente diversidade de terroirs do Brasil também estava todinha lá, como a sustentável Uvva, na Chapada Diamantina (Bahia), e as simpáticas vinícolas da Denominação de Origem (DO) Vale dos Vinhedos. Mas também a Indicação de Procedência (IP) Alto Montes, de Santa Catarina, e os vinhos de inverno de Minas.

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Os portugueses e sua enorme variedade de castas estavam representados por quase todas as suas regiões. Do Douro ao Alentejo, passando por Lisboa e a Península de Setúbal, chegando até a Beira Interior.

Dos hermanos argentinos, nem tudo era Malbec. A Patagônia mostrou seu Pinot Noir leve e frutado.

Outro queridinho, o Rosé Piscine, ganhou um irmão mais novo, o Rouge Piscine, sua versão para o vinho tinto. Desenvolvido por brasileiros e franceses, é produzido pela Vinovalie, no sudoeste da França, e importado pela W2U. Ideal para as festas de fim de ano. “É um vinho aromático, com acidez e açúcar mais altos, que resiste à diluição do gelo. Tem 50% da uva Négrette, a mesma do Rosé Piscine, e 50% Gamay, do Beaujolais”, explica o agente da Vinovalie para o Brasil, Rogério Rebouças.

Como nem tudo era vinho, o Chile trouxe seis empresas exportadoras de Pisco. “O Brasil é o terceiro maior destino das nossas exportações para produtos e serviços. Além do vinho chileno, que já caiu no gosto dos brasileiros, o pisco chileno começa a fazer parte da mesa desses consumidores. Nosso destilado é produzido a partir das uvas da região do Atacama e Coquimbo”, explicou Hugo Corales, diretor do Prochile, responsável pela promoção comercial do Chile no mundo.

Teve pisco, saquê, licores japoneses e o Soju, destilado de arroz da Coreia do Sul, além de vinhos do Leste europeu e da África do Sul. Quase uma Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas das bebidas.

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