Vinho da Casa

Mulheres deixam sua marca na vitivinicultura nacional

Enólogas e vinhateiras brasileiras se destacam no setor

As mulheres têm papel de protagonistas no mundo do vinho. E dia 8 de março é para celebrar! Em torno de um mesmo objetivo, mas com identidades próprias e cenários distintos, as enólogas e vinhateiras brasileiras se destacam, ganham prêmios e mantêm o fôlego da indústria nacional, que cresce com novidades em antigos e novos terroirs.

Entre o Sul de Minas, o Cerrado, a Chapada Diamantina, passando por muitos outros pontos das regiões Sudeste e Centro-Oeste, uma menina já serve de inspiração há tempos: a enóloga Isabela Peregrino. Com formação em Farmácia e Bioquímica e em Viticultura e Enologia, trabalhou na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) no aperfeiçoamento das técnicas da Dupla Poda da Videira, que estão transformando o mapa brasileiro da viticultura. Seu trabalho na Epamig abriu novas fronteiras para os proprietários de terras.

Atualmente, Bela – como também é conhecida – é responsável pelo gerenciamento e elaboração de vinhos para as empresas sócias da Estrada Real e da Maria Maria, bem como das parceiras da Vitácea Enológica.

Lá da Epamig também vem outra grande influência feminina, a engenheira agrônoma Renata Vieira da Mota, que atua como coordenadora do Programa Estadual de Pesquisa em Vitivinicultura desde julho de 2019 e realiza pesquisas que promovem pequenas revoluções na vitivinicultura nacional.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


As sementes vêm se espalhando. No coração da Mantiqueira, a enóloga Roberta Cavalcante está à frente da Artesã, ao lado do marido, o engenheiro Luiz Toledo. A vinícola implantou seu primeiro vinhedo em 2016, na cidade de São Gonçalo do Sapucaí, trabalha exclusivamente com uvas próprias e produz em pequena escala rótulos premiados como o Íngreme Syrah, que tem medalha de prata no Decanter World Award 2024.

Outro embrião que acaba de germinar na região do Ciclo do Ouro é a vinícola boutique Quinta de Glaura. Sediada no vilarejo de mesmo nome, está distante 33 quilômetros do centro de Ouro Preto e imersa na riqueza cultural, artística e histórica do maior conjunto arquitetônico do barroco brasileiro. Por ali, é a simpática Elcy Caldas, que toca a empresa ao lado do marido Valace Portella. Os primeiros rótulos, Gemas de Ouro Preto Syrah e o Topázio Imperial Syrah Rosé, serão lançados mês que vem.

Lá de Nazário, nas terras altas do Cerrado de Goiás, Edna, da vinícola Casa Moura, também costuma mandar notícias de novos rótulos e castas que estão se desenvolvendo muito bem na região. A proposta do empreendimento vem a cada dia se materializando no conceito de vinícola boutique, com infraestrutura de apoio para enoturismo.

A turma é ainda muito maior! Na Zona da Mata, a relações-públicas Silene Berne, da Alto do Gavião, tem movimentado a pequena Vieiras e garante em breve ter uma IG (indicação geográfica) para a região. E vai levar junto a advogada Ana Carolina Garcia, da vinícola Garcia de Paula, fincada na cidade de Lima Duarte.

É uma mulherada empoderada que trabalha todo dia pelo vinho bom na nossa mesa.

Parabéns, meninas!

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas