Opinião

Custos do vandalismo brasileiro

Custos do vandalismo brasileiro
Crédito: REUTERS/Antonio Cascio

“Se o governo não construir mais escolas, vai faltar dinheiro para construir presídios”, assim falava o professor e mestre Darcy Ribeiro. Ele estava correto e, com o número de baderneiros bolsonaristas presos pela balbúdia de Brasília, não deverá existir bastante cadeia para absorver os vândalos que destruíram grande parte dos imóveis brasilianos. Em uma época de carência de recursos para a educação, para a saúde e várias obras de infraestrutura como rodovias, ferrovias e outras carências para os brasileiros, é de se lamentar os enormes custos e prejuízos causados pelos fanáticos discípulos de Jair Bolsonaro.

Na Câmara de Deputados, calcula-se que, pelo menos, R$ 4 milhões são os custos estimativos para a reconstrução dos prejuízos causados ao patrimônio público, fora os itens históricos. No Senado Federal, os prejuízos, por baixo, estão calculados em R$ 5 milhões, sem contar as obras de arte. Só em vidraçaria, os prejuízos estão calculados em R$ 100 mil. Ainda precisam calcular os custos de mão de obra e materiais necessários, além dos reparos na rede elétrica. Mesmo se os bens dos principais responsáveis por essa baderna brasiliana forem bloqueados, ainda vai faltar muito dinheiro para o restante das destruições.

O Supremo Tribunal Federal ainda não contabilizou seus prejuízos, que poderão alcançar, por baixo, a quantia de R$ 10 milhões ou mais. Apenas uma lista de obras de arte classificada alcança a bagatela de R$ 10 milhões. Por enquanto, os prejuízos totais aos bens públicos já alcançam mais de R$ 50 milhões, em uma época que faltam recursos para a merenda escolar, vacinas diversas para toda a população e outros meios de controlar pandemias para doenças como a paralisia infantil, por exemplo. O que se lamenta é como em um momento que os orçamentos federal, dos estados e dos municípios já estão comprometidos, o Brasil viveu um momento triste de sua história. No mínimo, isso é um grave problema do que acontece por aqui e uma falta de consciência generalizada.

Bem antes das eleições, as pesquisas sobre as tendências de voto dos brasileiros já indicavam uma rejeição a Jair Bolsonaro, que só conseguiu aprovar em sua carreira política de mais de 25 anos um projeto. A bem da verdade, ele só conseguiu se eleger presidente da República graças a uma facada que ele levou na rua Halfeld, em Juiz de Fora, que, por sorte e o trabalho dos competentes médicos da Santa Casa de Misericórdia salvaram sua vida. Por pena dele, o bondoso povo brasileiro o elegeu para a cadeira de presidente da República. Falta ao Brasil eleger um brasileiro como Juscelino Kubitschek para administrar nossa Nação. Em 1964, os militares só tomaram o poder a pedido da população que teve o integral apoio das Forças Armadas e até das polícias militares dos Estados. Hoje, as Forças Armadas apoiam em sua quase totalidade o que está escrito na Constituição Federal de 1988. Em nenhuma hipótese, iriam atender os “pedidos” dos fanáticos bolsonaristas.

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