Democracia e terrorismo
“Os terroristas serão responsabilizados” (Alexandre de Moraes, Presidente do TSE)
A magnífica festa cívica da diplomação dos eleitos no TSE constituiu como que uma antecipada resposta (mais do que isto, uma condenação) vigorosa à virulência terrorista de grupelho de fanáticos inconformados com o resultado adverso das urnas. As falas do presidente escolhido, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, traduziram com clareza solar o autêntico sentimento Nacional. Os conceitos expendidos em louvação enternecida à Democracia, bem como a anunciada disposição de enfrentamento em termos intransigentes das insidiosas manobras golpistas e de menosprezo aos ideais republicanos, forneceram medida exata do grau de saturação que se apoderou da sociedade brasileira diante das tropelias antidemocráticas cometidas pelo radicalismo insolente e irresponsável.
A ferocidade dos baderneiros, que, na capital da República, incendiaram número elevado de ônibus e carros, tentaram invadir repartições dos órgãos de segurança, molestaram agentes públicos, transeuntes e motoristas, ameaçaram, pra assombro generalizado, lançar ônibus viaduto abaixo em via de intenso tráfico, entra nos registros policiais como capítulo repugnante da ação de segmento político minoritário com pendores para o autoritarismo. Estarrecida com as boçais ocorrências a opinião pública brasileira exige a aplicação de todo rigor da lei contra os perigosos delinquentes. Faz-se imperiosa a identificação dos autores dos deploráveis lances. A Nação clama por paz para o trabalho que se impõe no sentido de seu almejado reencontro com o desenvolvimento econômico e social, de modo a poder aproveitar cabalmente seus potenciais em recursos humanos e naturais. A desordem que alguns propõem manter a todo custo e por tempo indeterminado, a pretextos ridículos e inaceitáveis, a despeito do clamor em contrário de parcelas majoritárias esclarecidas da comunidade, carece ser contida. Contra os abusos que trazem em seu bojo danos as pessoas e instituições, sejam aplicadas as devidas sansões legais, é o que pede o bom senso. O cidadão comum recusa-se a se tornar refém dos caprichos de falange extremista que se coloca em frontal antagonismo com relação aos ditames constitucionais e democráticos.
Quem acompanhou a soberba sessão solene, de semanas atrás, no TSE, pode comprovar o quanto calam fundo no espírito das pessoas dotadas de discernimento, civismo e visão progressista as proclamações de exaltação dos valores humanísticos e espirituais embutidos na doutrina democrática. As personalidades reunidas na memorável cerimônia que ratificou o inapelável veredito popular do pleito recém-findo registraram nos semblantes, gestos, aplausos estrepitosos, regozijo e total concordância com tudo que se ouviu, no correr do evento, em favor das liberdades públicas. No tocante também à repulsa as agressões ao regime democrático e aos apelos à sociedade no sentido da conciliação e da união de todos, em atmosfera de crença saudável e esperança quanto aos avanços de progresso e conquista do amanhã. Os mais de mil convidados, entre eles, sem dúvida alguma, uma porção significativa de categorizados intérpretes do pensamento progressista do País, fizeram questão de aplaudir de pé, por vários minutos seguidos, trechos das declarações proferidas pelos protagonistas do evento. Anotaram enfaticamente, com a postura assumida seu apoio e propósito de colaboração para que o Brasil consiga percorrer, airosamente, alinhado com os sagrados ideais democráticos, trajetória de realizações fecundas que proporcionem os benefícios sociais e econômicos ardentemente almejados pela sua gente.
Em tempo: este comentário foi redigido anteriormente ao gravíssimo incidente da abortagem, pela polícia de Brasília, de um atentado a bomba arquitetado por fanático político.
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