Opinião

É no coletivo e nos questionamentos que crescemos

É no coletivo e nos questionamentos que crescemos
Crédito: Carmine Furletti

Uma das qualidades mais valorizadas pelo mercado de trabalho atualmente é a capacidade de atuar em equipe e o motivo é claro: as organizações sabem da importância do esforço coletivo. A força do conjunto é indispensável para que um negócio prospere e, por isso, os líderes buscam maneiras de fortalecer a produção coletiva para gerar mais resultados. Porém, nem sempre as iniciativas são efetivas.

 Vivemos na era digital, na qual as mudanças são constantes, e as empresas precisam ser cada vez mais ágeis, flexíveis e inovadoras. As estruturas organizacionais do passado já não atendem às novas necessidades. Por isso, mudanças profundas estão em curso no mundo empresarial e o jargão mais usado é “time que está ganhando é que se troca”.

 Companhias como Apple e Google têm como foco o desempenho coletivo e não mais o individual. Além disso, buscam não apenas satisfazer seus colaboradores e gestores, mas também inspirá-los. Esses são alguns dos fatores que contribuem para que essas organizações sejam 40% mais produtivas do que a média mundial.

 Portanto, para que a sua empresa cultive um ambiente de cooperação, é preciso mostrar o valor disso aos colaboradores. Se você deseja despertar o senso coletivo nos profissionais, é indispensável que haja interação com frequência. E a comunicação é um dos pilares do trabalho em equipe, justamente porque possibilita integrar e preservar os funcionários motivados e engajados para obter um desenvolvimento sustentável.

Mas é preciso compreender que isso não é uma responsabilidade apenas das lideranças. Você que me lê também precisa buscar abertura mental e maturidade emocional para saber lidar em grupo e, especialmente, lidar com aqueles que pensam diferente. Somente assim conseguiremos inovar e entregar resultados exponenciais. Como diz um provérbio africano: “Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo”.

 A famosa expressão “Quem tem boca vaia Roma” foi adaptada também para “Quem tem boca vai a Roma”, que significa que é perguntando que se torna possível ir a qualquer lugar do mundo. O ditado popular traduz que quem procura acha e quem deseja alcança seus objetivos.

 Já sabemos que o ambiente empresarial está sempre em constantes transformações. O líder já não é mais aquele que detém mais conhecimento do que os demais, mas, sim, aquele que consegue ter sensibilidade em relação ao outro, que dá espaço, que direciona e, ao mesmo tempo, faz a gestão de times multidisciplinares. Dessa forma, as respostas para determinada questão podem vir de qualquer lado, até mesmo de um estagiário.

 Erra quem pensa que é conhecedor de tudo e fingir que sabe pode trazer resultados danosos à organização e à sua carreira. Perguntar faz bem, afinal, isso lhe permitirá entender determinado assunto. Fazer perguntas fundamentadas pode demonstrar seu grau de interesse, conhecimento e preocupação com a organização.

 Os líderes devem estimular a curiosidade em si mesmos e em seus colaboradores, afinal, a curiosidade melhora o engajamento e a colaboração. Usualmente, as pessoas curiosas fazem boas escolhas, melhoram o desempenho da empresa ajudando na adaptação às condições incertas do mercado e às pressões externas.

 Diferentemente das crianças que perguntam sobre tudo, nós, adultos, gostamos mais de dar respostas do que de fazer perguntas e, muitas vezes, quando desconhecemos algo, ficamos receosos de perguntar para não demonstrar ignorância. As dúvidas podem atrapalhar seu crescimento na empresa, uma vez que impossibilitam o desenvolvimento das suas atividades com segurança.

 Saiba que a curiosidade é uma ferramenta essencial para o nosso desenvolvimento, afinal, só tendo vontade de descobrir o novo e de buscar respostas é que evoluímos, aprendemos e até mesmo produzimos inovação. Ser curioso é questionar o status quo, é sair da zona de conforto e ir sempre ao encontro de novas perguntas e, com isso, descobrir novas respostas para a vida!

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