Ecoliderança é uma urgência para o desenvolvimento

Os desafios dos negócios contemporâneos exigem habilidades mais amplas que a excelência técnica. As novas situações exigem criatividade, resiliência, inovação e responsabilidade ética e socioambiental para enfrentar as questões do mundo de hoje.
Nesse sentido, o egolider, centralizador e autoritário, cai por terra e abre espaço para outras formas de gestão. Uma nova modalidade de liderança interessante que ganha a cena contemporânea é a ecoliderança.
Nascida das demandas da ESG, a liderança ecológica é definida no plural, usando a inteligência coletiva. Tal liderança é cada vez mais distribuída, exigindo organizações cada vez mais robustas para criar estes espaços de conexão interna e externa. O modelo ainda deve ser desenvolvido e consolidado na pesquisa gerencial, mas é um caminho inevitável em busca de se evitar riscos ambientais e sociais.
Poderíamos pensar que líderes orientados a soluções com criatividade coletiva seriam as pessoas certas para lidar com essas novas situações. Isto é verdade, mas requer alguns esclarecimentos e aditamentos ao perfil dos líderes que o mercado procura.
Não há dúvida de que nossas formas de organização cada vez mais digitais precisam de novas abordagens de gestão.
Os desafios do século XXI exigem líderes capazes de desenvolver análises de situações complexas além de uma visão de curto prazo, além do conhecimento difundido e que tenham as chaves para entrar nos novos conhecimentos produzidos ou mesmo a capacidade de criar para imaginar “cenários possíveis”.
Acima de tudo, a fim de tornar essas posições de liderança sagradas, precisamos ajudar esses atores a criar sua própria bússola de valores a fim de adotar uma postura ética em relação aos desafios de uma sociedade hiperconectada e hiperglobal! Então, como podemos implementar uma abordagem realista para a formação de líderes diante das necessidades econômicas das empresas e seus desafios sociais?
Estou convencida de que devemos olhar para o que a história da Administração nos ensinou e, em particular, para as utopias de cada nova abordagem. Não esqueçamos que os protagonistas das empresas são seres humanos com sua complexidade, seus pontos fortes e suas fraquezas.
Mais do que nunca, o treinamento no sentido da aquisição de conhecimento é essencial. Estamos vivendo com o paradoxo de que o conhecimento é acessível com alguns cliques em nosso teclado de computador. Isto é verdade para informação, mas não para conhecimento, que é um processo de compreensão e integração em nossos repertórios individuais de conhecimento.
O mundo da educação deve continuar seu trabalho para acompanhar seus alunos a “aprender a aprender” e a desenvolver análises, sempre com uma mente crítica. E é aqui que nós – como escolas de negócios – devemos entrar em um novo paradigma em que levar em conta os desafios sociais, ambientais e econômicos são os pontos cardeais para definir novos objetivos de gestão para a saúde das pessoas, do meio ambiente e das organizações, definindo assim a ecoliderança.
Esses líderes ecológicos devem desenvolver uma compreensão global do mundo, e o problema para os países pobres é que correm o risco de se encontrar em um círculo vicioso em que os efeitos dos desafios políticos, sociais e ambientais os privam continuamente da esperança de desenvolvimento.
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