Opinião

EDITORIAL | Agir e sem perder tempo

EDITORIAL | Agir e sem perder tempo
Crédito: Freepik

Autoridades, sobretudo na esfera judiciária e eleitoral, aparentemente se movimentam, mas deixam a impressão de que não na velocidade e intensidade requeridas. Mais uma vez estamos falando do mau uso das redes sociais e mídia eletrônica em geral, provavelmente já transformadas no mais importante – e danoso – componente do sistema eleitoral. Como tem sido noticiado, da esfera pública partem sinais de preocupação, são apontados os riscos para a integridade do processo político, além de ameaças que por enquanto permanecem num terreno bastante genérico.

A gravidade da situação, da qual não duvidam pessoas de bem, e o tempo que corre veloz, impõe freios mais efetivos. Afinal, são mais que meras evidências os indicativos de que a produção e distribuição das ditas fake news prosseguem a toda, sobretudo com a utilização de máquinas, os robôs, que multiplicam mentiras, sem qualquer pudor ou disfarce, desde que atenda a seus objetivos. Para quem ainda tem dúvidas, que procure conhecer mais de perto como essas redes têm se movimentado, agora, para condenar a vacinação de crianças, cometendo um crime que não tem como ser qualificado. Fato já atestado pela baixa vacinação, que prossegue abaixo do esperado e distante do necessário, porque mentiras infinitamente repetidas para muitos se transformam em verdade.

Não é difícil chegar aos autores desses crimes, até porque se movimentam muito à vontade, mesmo que seus disparos sejam feitos de outros países, ilusoriamente abrigos seguros. E como dito anteriormente, cabe entender que se não houver pulso forte, nos próximos meses a enxurrada de lama estará se deslocando para a arena política, podendo influir nas escolhas ou, adiante, vencida esta etapa, na construção de um clima que seja de convergência, no elementar entendimento de que no mundo real as melhores chances de recuperação do Brasil residem na sua capacidade de reencontrar o entendimento. Nas condições que se apresentam e sem que nada seja feito, o caminho bem pode ser o oposto.

Aparentemente tudo isso está mapeado e não faltam elementos às instâncias judiciárias para, com respaldo da Polícia Federal, como por exemplo barrar as atividades de redes estrangeiras que atuam no País, porém ignorando, melhor dizendo, agredindo, a legislação local,  razão por que se transformaram em espécie de porto seguro para estes agentes disfuncionais. Cada dia perdido significa avanços, significa disparos contados aos milhões e produzindo uma realidade paralela que significa ameaça direta ao Brasil, aos brasileiros e a instituições a cada dia que passa mais vulneráveis.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas