Opinião

EDITORIAL | Bons sinais para Minas

EDITORIAL | Bons sinais para Minas
Crédito: Alisson J. Silva

Tendo que conviver, ainda, com um déficit fiscal estimado em R$ 15 bilhões/ano, o governador Romeu Zema estima que o reequilíbrio pleno das contas públicas só ocorrerá num período que estima entre sete e dez anos, conforme declarou em recente entrevista exclusiva a este jornal. Mas o governador sabe também que é possível abreviar esse prazo, em velocidade proporcional ao sucesso dos programas de atração de novos investimentos, gerando empregos, renda e, consequentemente, fazendo crescer também a arrecadação.

Além da disciplina nos gastos, o que significa, como tem dito o governador, gastar menos e gastar melhor, esforço que deve ser contínuo e permanente, a ideia é remover as barreiras que inibem negócios e investimentos. Para Zema, ele próprio um empresário e estreante na política, seus esforços são também no sentido de deixar bem claro que o Estado está deixando de ser um obstáculo e se transformando em facilitador, “amigo de quem trabalha, investe e gera empregos”, conforme suas palavras ao DIÁRIO DO COMÉRCIO. Simplicidade, objetividade e foco podem ser, para Minas Gerais, os elementos centrais de uma receita que pode fazer muita diferença em pouco tempo.

“Queremos criar mais do que um programa, mas uma cultura de desburocratizar processos”, acrescentou o governador. E é sob esta orientação que a equipe do governo já está trabalhando, num por enquanto discreto processo de aproximação com investidores, esforço que se intensificará nos próximos meses, inclusive com organização de missões ao exterior. Trata-se de mostrar o que Minas oferece, destacando seus diferenciais competitivos e, se possível, acrescentaríamos, deixando de vez para trás a ideia equivocada de que trabalhamos em silêncio, tudo isso sem perder de vista que existe no mundo oferta de capitais à espera exatamente de um pouso tranquilo.

Não é uma perspectiva apenas, é um movimento que já produz resultados, destaca o governador, informando que tem recebido empresários, empreendedores que redescobrem oportunidades. Para ele, o melhor sinal de que as coisas começam a acontecer é o fato de que foram criados no Estado, entre os meses de janeiro e agosto, 106 mil empregos formais. São, em síntese, bons sinais que precisam ser destacados e festejados, ajudando a mudar também, e mais rapidamente, o humor do conjunto dos agentes econômicos.

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