EDITORIAL | Caminhar e sair na frente

Minas Gerais, mesmo carregando o peso das dificuldades e incertezas do presente, tem que enfrentar o desafio de repensar o futuro, traçando o caminho que seja a rota da recuperação, inclusive de sua posição no cenário nacional. Resumidamente, este é o espírito da série de debates e discussões iniciadas ontem, por iniciativa da Assembleia Legislativa, que recebeu o sugestivo nome de Recomeça Minas. Serão, nesta e na próxima semana, quinze encontros regionais, iniciados ontem em Uberlândia e Governador Valadares, prosseguindo hoje com reuniões, sempre virtuais, em Ipatinga, Unaí, Divinópolis e Uberaba.
Para que sejam efetivamente cobertos os principais polos econômicos regionais, as reuniões prosseguirão na segunda-feira, em Varginha, seguindo-se Juiz de Fora, Teófilo Otoni e Manhuaçu; e na terça-feira será a vez de Montes Claros. A programação se completa com mais dois encontros, um reunindo os municípios que integram a Região Metropolitana de Belo Horizonte e, por fim, a região Central.
Essencialmente trata-se de debater como e com que recursos e estratégias Minas reagirá ao desaquecimento da economia provocado pela pandemia. Para este esforço comum estão sendo convocadas lideranças empresariais e a representação política de cada região, esperando-se que desse esforço resulte uma espécie de diagnóstico, ou radiografia, que melhor orientarão as ações futuras.
Antes de tudo, portanto, um movimento de convergência, de soma de esforços que se contraponham às limitações e dificuldades discutidas, começando por medidas que devolvam vitalidade aos negócios, gerando renda, empregos e receitas tributárias que realimentem todo o processo. Nessa linha já se esboça a ideia de que o primeiro passo seria destinado a incentivar e facilitar a regularização tributária das empresas, inclusive com possível desoneração dos setores mais impactados. Tudo talvez se resuma a simplificar, criando um ambiente menos hostil aos negócios, com visão de planejamento e do entendimento mais claro das potencialidades e vantagens competitivas presentes nesse contexto.
De todo desnecessário nos parece assinalar a oportunidade e a importância da iniciativa do Legislativo mineiro. Da mesma forma, e repetindo o que foi dito pouco antes, ser fundamental que este movimento seja de encontro, soma e convergência, com claro entendimento de que poderá ser muito mais que enfrentar a tempestade, reparando seus danos. Na verdade, marcar a hora e sair na frente para devolver a Minas Gerais o lugar e o protagonismo que lhes são naturais.
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