EDITORIAL | Os ideais da maioria

“Sejamos, junto aos irmãos brasileiros, inspiradores de paz, união, liberdade, democracia, justiça, ordem e progresso, que o nosso povo tanto almeja e merece, dedicando-nos, integralmente, à defesa da soberania nacional e ao bem de nosso amado país”.
São palavras do general Paulo Sergio Nogueira, comandante do Exército ao discursar, semana passada, na solenidade comemorativa do Dia do Soldado. E disse mais. Segundo ele, os militares devem ser inspiradores de paz, liberdade e democracia e a data comemorada nos motiva a reafirmar o compromisso com os valores mais nobres da pátria e com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento.
Num momento particularmente delicado da vida nacional, com riscos de que a instabilidade político-institucional produza um quadro de descontrole, o comandante do Exército, que não seria tão contundente se soubesse não estar falando em nome das três forças, foi de uma felicidade que precisa ser destacada.
Sobretudo registrar que os pontos por ele ressaltados são os mesmos que constam de manifestações, destacadas em comentário anterior, em que entidades que representam o empresariado brasileiro e, assim, parte ponderável da sociedade, como a Associação Comercial de Minas, fazem o mesmo apelo e compromisso, em cabal demonstração de que o Brasil real está distante do pesadelo que muitos julgam ser tão próximo quanto ameaçador.
O que se pode perceber e concluir, na realidade, é o artificialismo e a impropriedade de manifestações que vão na direção contrária aos valores que o comandante do Exército defende, assim imputando às Forças Armadas intenções que estão na órbita, exclusivamente, da manipulação, na impertinente intenção de produzir divisão e medo, o que acaba por fragilizar o País e sua vitalidade, paralisando ações de governo, tirando o foco daquelas que deveriam ser as verdadeiras preocupações de todos nós.
Assim, impressiona e produz alívio, diante das fantasias e mentiras que os modernos instrumentos de comunicação se encarregam de multiplicar servindo interesses menores, constatar, nas palavras do general e nos manifestos mencionados, uma identidade que nos aproxima da convergência e do entendimento, tendo como objetivo o ideal comum de construção de um país melhor. E, da mesma forma, verificar que, de fato, mentiras repetidas mil vezes podem, perigosamente, ganhar a face ilusória da verdade, ameaça que, conhecida, deve ser repetida com energia.
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