EDITORIAL | Otimismo que vem do campo

As comemorações do Dia do Produtor Rural, que coincidem com o aniversário de fundação da Federação da Agricultura de Minas Gerais, que completou 68 anos de atividades, foram marcadas, há uma semana, em evento com presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias. A ela foi conferida a Grande Medalha do Mérito Rural.
O presidente da Faemg, Roberto Simões, saudou a principal homenageada da noite, lembrando que o agronegócio tem sido o principal sustentáculo da economia brasileira e mineira, exibindo taxas continuadas de crescimento, sem as quais as dificuldades do País talvez seriam incontornáveis. Disse que o setor fez muito e poderá fazer muito mais, inclusive para aproveitar as oportunidades que se abrirão como consequência do acordo de livre comércio firmado entre os países membros do Mercosul e a União Europeia. Lembrou a aprovação, em primeiro turno, da reforma da Previdência, que toma como um sinal de que outras virão, como a tributária, ajudando a desobstruir os gargalos que comprometem a competitividade do setor e dos negócios em geral. Em resumo, uma aposta confiante no futuro, o que o fez lembrar que o grande salto que está pela frente é a incorporação das novas tecnologias de dados, facilitando e agilizando todos os processos de produção, estocagem e comercialização.
A ministra, formada em Viçosa e produtora no Mato Grosso, endossou a confiança e reconheceu os obstáculos que ainda estão por transpor, como as questões ambientais. Para ela, não pode haver divisões e “a agricultura e a pecuária têm que andar juntas com o meio ambiente, o que é feito com uma produção sustentável”. Mas sem perder de vista que “não existe pobreza que preserve e temos que preservar com riquezas”. Também reforçou seu empenho em destravar amarras e promover a desburocratização, que considera fundamentais para o avanço das atividades e para a recuperação da economia nacional.
Também presente, o governador Romeu Zema, que confessou ter um passado, frustrado, de produtor rural, reafirmou a importância do agronegócio para a economia estadual, lembrando que o crescimento do setor tem estado bem acima da média nacional. E acrescentou que tal reconhecimento, na sua gestão, se reflete em ações concretas, também voltadas para a agilização e desburocratização. Citou, especificamente, o trabalho para agilizar a liberação de processos, principalmente os ambientais, procurando criar facilidades e reduzir dificuldades. Para ele, trata-se simplesmente de ser coerente com um dos motes de sua campanha, quando prometeu ser amigo de quem produz, trabalha, investe e gera empregos.
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