Opinião

EDITORIAL | Pampulha de volta à vida

EDITORIAL | Pampulha de volta à vida
Crédito: Carlos Alberto/Imprensa MG

Cedido em regime de concessão a um consórcio privado, o Aeroporto da Pampulha, depois de um longo processo de hibernação, começa a retomar operações regulares, nos moldes do contrato de cessão. Segundo os novos operadores, que reservam à operação investimentos no montante de, pelo menos, R$ 150 milhões, a ideia central é transformar o aeroporto em principal centro da aviação executiva no País, associado a serviços de manutenção e amaragem.

Não está afastada a possibilidade de, no futuro, o aeroporto também receber e despachar voos comerciais com destino ao interior do Estado, processo que pode terminar por incluir voos interestaduais.

Depois de tanta polêmica e tanto tempo perdido, parece que afinal a proa está orientada na direção correta. O mais importante, entendemos, é a preservação de um equipamento de grande valia para a cidade e o Estado, dando-lhe destinação que assegure a viabilidade econômica do negócio, gere novas atividades no campo da aviação privada, por coincidência ou não justamente o berço da Lider, a maior empresa de táxi aéreo na América Latina. Conforme anunciado, está no horizonte também a construção de uma nova estação de embarque e desembarque, além da revitalização de áreas próximas e serviços que ponham fim às inundações na  praça Bagatelle e adjacências.

Outra frente será a construção de um centro comercial e de serviços, com ênfase na oferta de restaurantes. Imagina-se que seja este o principal destino da área antes ocupada pela Base Aérea, já transferida para Lagoa Santa. Cabe lembrar que o espaço é amplo o suficiente para abrigar, por exemplo, locais de ocupaçãopública, para lazer e imobiliário, na área voltada para a avenida Antônio Carlos. Resumindo, um conjunto de intervenções de grande valia para a região da Pampulha e Belo Horizonte.

E tudo isso, pensamos, sem que se perca de vista que um aeroporto próximo do centro e de fácil acesso é equipamento urbano diferenciado, não devendo ser dada como abandonada a ideia – tão combatida em certas esferas – da futura oferta de voos regionais, servindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, da maior conveniência para os negócios e que pode ser posta em prática sem que represente qualquer ameaça a Confins.

Ao contrário, deve e pode ser percebida como parte de um hobby que, por sua localização central em relação ao território nacional, poderia representar um grande avanço para a aviação comercial no País, com evidentes benefícios também para o Estado e a Capital.

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