Opinião

EDITORIAL | Sinais positivos para a economia

EDITORIAL | Sinais positivos para a economia
Crédito: Marcello Casal/Agencia Brasil

A economia brasileira, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,6% entre os meses de julho e setembro, parecendo consolidar um processo, ainda que lento, de recuperação. Os resultados apresentados esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram ligeiramente superiores às expectativas predominantes e registraram crescimento de 0,8% para a indústria, sustentado pelo crescimento do setor extrativo, destacando-se os 12% de expansão no petróleo e os 1,3% da construção civil. No mesmo período a agropecuária cresceu 1,3% e os serviços, 0,4%, sempre em comparação com o trimestre anterior. Na comparação com igual período do ano passado, o crescimento geral chega a 1,2%, com a agropecuária registrando 2,1% e a indústria, 1%.

Cabe notar, entretanto, que os resultados apurados pelo IBGE também significam que a economia brasileira, em termos de volume de produção, alcança os mesmos níveis do terceiro trimestre de 2012. Pelo lado positivo verifica-se recuperação de 4,6%, considerados os resultados do quarto trimestre de 2016 que, na perspectiva de hoje, pode ser definido como o memento em que o País chegou ao fundo do poço. A partir do exame preliminar dos resultados alcançados nos meses de outubro e novembro, as estimativas do IBGE são de que o Brasil fechará o ano com um crescimento acumulado de 1,3%.

Tendo em conta que os resultados alcançados foram suportados, fundamentalmente, pelo consumo interno e pequena recuperação do investimento doméstico, analistas entendem que já se pode esperar, para 2020, desempenho ainda melhor, com a expansão do PIB ficando em torno dos 2%, talvez um pouco mais. Variações, para mais ou para menos, entram nos cálculos, principalmente por conta de perturbações políticas e econômicas que poderão afetar o cenário externo, onde são percebidos sinais negativos, a começar das tumultuadas e imprevisíveis relações entre os dois países mais ricos do planeta, Estados Unidos e China.

São contingências que reforçam o foco na economia interna e, consequentemente, na velocidade e consistência das reformas, com destaque, agora, para a tributária, começando pela simplificação que poderá representar considerável alívio para as empresas e, ao mesmo tempo, um convite a investidores. Simplificação num sentido mais geral, envolvendo também a gestão pública, no sentido de aliviar seu peso e seus custos, tudo isso em proveito da eficiência. cujo produto será, esperamos todos, avanços maiores, mais rápidos e mais consistentes.

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