Opinião

EDITORIAL | Voltando à normalidade

EDITORIAL | Voltando à normalidade
Lula se emociona em discurso, após ser diplomado presidente pelo TSE | 12/12/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino

A diplomação, antecipada para a última segunda-feira pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE), do presidente e vice-presidente da República eleitos em 30 de outubro, fecha um ciclo ao mesmo tempo em que chancela a democracia brasileira. Vencidas as etapas próprias do processo – escolha dos candidatos, campanha, votação e apuração –, o resultado, sem espaço legítimo para qualquer espécie de contestação, íntegro se completa definitivamente, faltando apenas duas semanas para que o novo governo seja empossado. Em termos de mais fácil compreensão, o jogo foi jogado sob regras conhecidas e aceitas, com devido acompanhamento, e o resultado é aquele que corresponde à vontade majoritária dos brasileiros.

Resta apagar as más lembranças que persistem, a contrariedade indisfarçada e, para uma minoria que não tem expressão, dar-se por conformada diante do fato de que não há espaços para desvios, o que significa reconhecer finalmente a realidade. Para dar fim aos movimentos que com o passar dos dias vão sendo enfraquecidos e ficando ainda mais fora de contexto. Simplesmente acabou, passou, e é fundamental reencontrar a normalidade, sabendo separar, identificar e afastar os que se comportam de maneira imprópria, não reconhecendo a democracia que dizem defender. Tarefa que não é nada difícil, embora possa parecer o contrário, quando pesquisa idônea aponta que perto de 80% da população brasileira assim deseja, apoiando o novo governo e entendendo que seu sucesso será o sucesso de todos.

Este dado, divulgado no mesmo dia da diplomação, deve bastar para silenciar os contrariados, poucos mais barulhentos, parte deles com toda certeza manipulados por interesses que não podem vir à luz. Superar essa fase, entender a realidade, corresponde à volta da normalidade, melhor, à superação de divisões que não são naturais, dando espaço à convergência que em muito facilitará o enfrentamento dos gravíssimos problemas que o Brasil tem pela frente.

Devemos esperar e acreditar que assim será, inclusive sem que falte ao novo governo a compreensão de seu melhor papel, ou sua obrigação na realidade, diante dos desafios colocados. Começando, agora, pela escolha da equipe de alto escalão, que deve ser um time que represente os melhores entre os melhores, sem espaço algum para as conveniências e os acertos que, transformados em padrão, muito ajudam a explicar o que se passa no País, onde a gestão pública foi consumida por impropriedades. Fazer diferente, fazer melhor, é obrigação, é o que convém até para sepultar os que ainda podem acreditar em aventuras fora dos limites apropriados.

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