Acesso de veículos em Nova Lima: solução precisa de bom senso

Se é fato que a imprevidência costuma ser o caminho mais curto para dificuldades, é fato que a circulação de veículos em torno do BH Shopping, na BR-040 e no acesso a Nova Lima pela MG-30, está nesta condição. A ocupação da região, precisamente no limite entre os dois municípios, se deu de forma acelerada e, pior, sem obedecer a adequado planejamento. Se o fato consumado teve como resultado um dos pontos de estrangulamento mais complexos na Região Metropolitana de BH, o que é notório, chama atenção que soluções, mesmo paliativas, prossigam no rol das possibilidades e dessa forma distanciadas do necessário. Ou, antes, do elementar e do urgente.
Mais uma daquelas novelas, tão comuns na administração pública, que parecem não ter fim, sugerindo que o autor possa ter abandonado a escrita. Objetivamente, e depois de longa espera, surgiram sinais na direção contrária, com os novos prefeitos de Nova Lima e de Belo Horizonte mais próximos do entendimento, dispostos a assumir responsabilidades e, melhor, dividir despesas. Assim, alternativas voltaram a ser discutidas, antigos projetos prevendo a construção de alças na BR-040 e novos acessos à MG-30 foram desengavetados, inclusive com o alento de previsão para início e fim das obras.
Tenha calma, muita calma, quem já estiver antevendo o fim da novela. Ainda não e agora porque ambientalistas se movimentaram apontando insensibilidade das autoridades diante de riscos ambientais, principalmente para a cobertura verde nas áreas em que haverá intervenções. Parece e muito provavelmente é exagero, mais uma daquelas manifestações que não faz sentido se efetivamente considerados perdas e ganhos. Ou que em primeiro lugar deve estar, e sempre, o interesse das pessoas, no caso moradores da região e usuários dos equipamentos urbanos que se mostram aquém das necessidades. E sem que seja preciso relembrar que o que acontece ali tem repercussões que inevitavelmente se espraiam.
Concluindo e tentando resumir, estamos sugerindo o elementar entendimento de que é preciso saber dosar a água e o fubá. O perde e ganha é um tanto óbvio tanto quanto é bastante óbvio que, com razoabilidade, é perfeitamente possível mitigar e compensar danos ambientais que, sim, devem ser considerados, mas não podem ser paralisantes.
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