Articulações podem ajudar a impulsionar potencial de Belo Horizonte e Região Metropolitana

Em recente visita ao Diário do Comércio, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, Adriano Faria, elencou os pilares de sua atuação visando fomentar a economia local. No seu entendimento uma das vantagens competitivas da cidade é a localização central em relação ao país, ponto de conexão entre o Norte/Nordeste e o Sul. Também contam a disponibilidade de mão de obra diversificada e bem qualificada, além da estrutura de pesquisa e ensino.
Trata-se de tirar partido destes diferenciais, começando, assinala o secretário, por melhorar a articulação entre os agentes econômicos e, a partir daí, encontrar meios e modos de superar os gargalos identificados. Temos potencial, resume o secretário, e a questão pode estar em saber aproveitá-lo, inclusive tendo em conta que os esforços não dizem respeito exclusivamente ao município de Belo Horizonte e, sim, a toda a Região Metropolitana, em ações conjuntas e sempre bem articuladas.
A economia local, forçoso reconhecer, teve ganhos recentes com o incremento, por exemplo, do turismo, movimento que encontra sua mais forte expressão no Carnaval que acaba de ser festejado. Talvez ainda falte perceber, e este deve ser um ponto de muita atenção, a mais precisa vocação econômica da cidade. Sem ilusões, como no passado, de que impulsos mais fortes viriam da atividade industrial, como a finada Terex, montadora de máquinas de grande porte, instalada no anos 70, ainda no século passado, e que pode ter tomada como marco do fim de uma era.
Hoje, necessariamente, o olhar deve tomar outras direções, com certeza com foco nos serviços, na inovação e tecnologia de ponta, além do ensino, tudo isso tendo como pano de fundo o turismo, de negócios especialmente, feiras e convenções em que a localização também aparece como grande vantagem. E tudo isso, como recomenda o secretário, com claro entendimento de que será preciso enxergar a Região Metropolitana como um todo. De que outra forma, por exemplo, tirar melhor partido da infraestrutura aeroportuária existente em Confins?
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Como foi dito acima, e reconhece o secretário de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, para mudar e avançar é absolutamente necessário que prevaleça o entendimento de que este será um processo integrado e compartilhado, com amplo envolvimento também do empresariado local e das entidades que os representam. São boas ideias e que apontam na melhor direção, faltando agora alcançar o plano da realidade.
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