Busca por eficiência e questões ambientais marcam Agronegócio como força da economia brasileira

O agronegócio despontou nas duas ultimas décadas como a grande força impulsionadora da economia brasileira. E tudo por conta de um salto de qualidade que começou a ser preparado nos anos 70 do século passado, sob inspiração do sempre lembrado Alysson Paulinelli. Figurando hoje entre os grandes produtores de alimentos no planeta e ostentando padrões de produtividade sem comparação, o país foi capaz de multiplicar várias vezes a produção, consolidando sua liderança em setores tradicionais e indo muito além, inclusive na vanguarda de processos e tecnologia. Tudo isto com ganhos que tiveram como marca principal a busca da eficiência e também no que toca às sensíveis questões ambientais.

Não se pode ignorar, contudo, que a velocidade deste processo tenha deixado marcas indesejadas, desvios que não raro ganham visibilidade e protagonismo, mas que não podem ser tomados como o todo. Eis porque é devido e necessário apontar como injustos e impertinentes rótulos que alguns pretendem imputar ao agronegócio, em algumas situações apontado como vilão. E tudo isso na mesma linha de generalizações – por natureza sempre impertinentes – envolvendo questões e preferências políticas que podem remeter a desvios de conduta intoleráveis. Simplesmente é preciso estar bem claro que a parte não pode e não deve ser tomada pelo todo.

Questões isoladas e contidas em limites sabidamente estreitos ainda que indesejadas porque impertinentes absolutamente não podem ofuscar o sucesso do agronegócio brasileiro, muito menos a importância crescente de sua contribuição na esfera da economia, de geração de emprego e renda. Sem o agro, o Brasil estaria presentemente, no que toca à economia, em posição um tanto delicada, não muito distante de uma condição de estagnação. Cabe enxergar e cabe sobretudo valorizar para que se possa fazer mais e melhor. São ponderações impositivas e que nos remetem a uma outra questão.

Estamos falando do anúncio de que a Associação Brasileira de Marketing Rural e Agrícola (ABMRA) entrou em fase final de preparativos para lançar a marca Agro Brasil. Trata-se exatamente de, com ações estratégicas, aproximar o campo e a cidade, valorizando a produção agrícola e destacando seus resultados, apagando também distorções que vêm de um passado já distante. Cabe esperar que a empreitada, que se desdobrara também em ações no exterior visando promover a produção nacional, vá adiante e possa cumprir plenamente seus objetivos, destacando o que merece ser conhecido e, assim, valorizado.