Editorial

De Minas para o mundo

De Minas para o mundo
Crédito: Alisson J. Silva/ Arquivo Diário do Comércio

Inaugurado em 1984, o hoje robusto e conhecido Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), por muitos anos foi considerado um elefante branco. A distância da área central da capital mineira e as poucas opções de voos e serviços culminaram com essa classificação, deixada para trás à medida que os investimentos públicos e privados foram dando corpo à estrutura, que hoje permite com que o terminal ocupe a terceira posição em número de destinos, entre os aeroportos do Brasil.

Mas se engana quem acredita que os desafios foram todos transpostos. Idealizado como importante hub logístico nacional e internacional no início dos anos 2000, o ativo, de fato, caminha para o posto, entretanto, há novos obstáculos antes de se alcançar o tão almejado céu de brigadeiro, como se diz na aviação para definir um cenário ideal de operação para o terminal aeroportuário.

E é aí que entra o trabalho da BH Airport, concessionária que administra o aeroporto desde 2014 e, inclusive, hoje dá nome ao terminal. Desde então, a concessionária já aportou mais de R$ 1 bilhão no equipamento, incluindo a reforma e ampliação do Terminal 1, que permitiu dobrar a Área Bruta Locável (ABL) e receber operações renomadas como Starbucks, Mc Donalds, Araujo, Dunkin Donuts (e a próxima será uma unidade da Barbearia Seu Elias), serviços essenciais como lotérica e uma unidade do Posto Uai, bem como a construção do Terminal de Passageiros 2.

Mas os esforços não param por aí. O alcance de qualquer meta de um aeroporto passa, obviamente, pela ampliação e consolidação de novas rotas. Neste sentido, até dezembro, o BH Airport já terá acumulado, em 2023, 18 novos voos, dos quais 12 nacionais e 6 internacionais. Totalizando, assim, 66 destinos interligados a Minas Gerais por meio deste que é o principal aeródromo do Estado.

E será que novos anúncios virão por aí? Dá tempo negociar novos voos ainda em 2023? Informações de mercado dão conta de que as metas são audaciosas, para além dos 10,5 milhões de passageiros que devem passar pelo equipamento no ano. E, de fato, precisam ser. Afinal, já é consenso entre especialistas e lideranças do Estado que Minas Gerais precisa, cada vez mais, da chamada nova economia para manter sua pujança econômica e diminuir a dependência de atividades primárias, como a mineração.

Alguns vão além: para que esses novos setores alcancem o peso necessário no desenvolvimento de Minas, faz-se necessário uma logística avançada que passa pela consolidação do aeroporto como hub internacional, projeto que começa, de fato, a ganhar asas – e os céus.

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