Editorial

Coleção de boas novas

O País alcançou avanços muitíssimo relevantes, daí resultando um quadro de resultados no campo da economia, além de perspectivas promissoras
Coleção de boas novas
Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad | Crédito: Ueslei Marcelino/Reuters

Num processo tão cansativo quanto repetitivo, setores da oposição, aqueles que teimam em não guardar proximidade com a realidade, prosseguem insistindo que a economia vai muito mal, numa sucessão de desarranjos que tem como patrocinador o governo Lula. São mentiras repetidas à exaustão, mas ainda assim incapazes de contrastar a realidade particularmente quando os detratores de ocasião apontam o tamanho do déficit público. Só não lembram, espertos e desatentos, que o buraco apontado é proporcional ao tamanho da gastança patrocinada pelo governo anterior. Ou, tomando emprestada uma expressão mais antiga, na realidade somente a “herança maldita” do governo de Jair Bolsonaro.

No mundo real e diante de dados objetivos, o que se pode verificar e comprovar é que, mesmo num terreno movediço, neste aspecto por conta da parcela da oposição que mesmo abraçada na bandeira do Brasil claramente aposta do “quanto pior melhor”, o País alcançou avanços muitíssimo relevantes, daí resultando um quadro de resultados no campo da economia, além de perspectivas promissoras. A coleção de dados que apontam nessa direção é de fato promissora. Só para começar, o ritmo de crescimento da economia, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 0,8% no primeiro trimestre, bem além do previsto, devendo acumular 2% no ano ou o dobro do imaginado. E crescimento consistente, suportado, em parte, pelo setor de serviços, o que tem a ver com aumento da renda e redução do desemprego, com as contratações formais batendo recorde de crescimento. Além disso, conta também a oferta de crédito, num ambiente em que a inflação está abaixo do previsto, tendo terminado o ano em 4,62% e caído 1 ponto percentual nos 3 primeiros meses do ano.

O rol de boas notícias não está esgotado. O crescimento do agronegócio, motor da economia nos últimos anos, pode mais uma vez bater os 10% e as exportações cresceram 3,2% entre janeiro e abril, somando US$ 78,3 bilhões. Na análise desse conjunto de dados positivos e de boas notícias, os especialistas chamam atenção, como destaque, para sua consistência, indicativo de que o País pode sim estar caminhando para um novo ciclo de crescimento sustentado, ainda que no segundo semestre sejam sentidos os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul.

Um quadro, em síntese, bastante positivo e diferente do que se esperava, tendo em vista os desacertos anteriores. Cabe agora esperar que a realidade sirva também para deter a oposição corrosiva e não no sentido de qualquer alinhamento de conveniência e sim para gerar a confiança capaz de promover o necessário alinhamento daqueles que de fato acreditam que trabalhar a favor será sempre melhor que continuar cavando o buraco do desentendimento irracional.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas