Editorial

EDITORIAL | Turismo aquecido

EDITORIAL | Turismo aquecido
Monte Verde, no Sul de Minas, é um distrito da cidade de Camanducaia. | Foto: Ricardo Cozo

Os números relativos ao desempenho da indústria do turismo em Minas Gerais impressionam, notadamente o crescimento nos últimos dois anos, no pós-pandemia. O Estado passou a ser o segundo mais importante destino no País, superado apenas por São Paulo, recebendo a cada mês pelo menos dois milhões de visitantes, conforme apontam os cálculos mais recentes. As atrações locais, notadamente as cidades que integram o chamado Ciclo do Ouro, explicam o interesse, que se completa com destinos culturais, o Museu Inhotim em primeiro lugar, e a valorização da culinária local. São resultados a comemorar, principalmente por conta do crescimento verificado, mas são também indutores do reconhecimento de um potencial que permanece por ser explorado.

Assim nos dizem visitantes estrangeiros que igualmente se encantam com as atrações locais, mas apontam que os resultados poderiam ser ainda melhores, a partir de melhorias em todo o sistema de recepção, além de divulgação otimizada. Cabe refletir a respeito, comemorar o que é para ser comemorado, mas sem se esquecer de anotar o que está por ser feito. Ainda há pouco, festejou-se o anúncio de que a rede Vila Galé, de origem lusitana e alcance global, reformará o antigo Colégio Dom Bosco, em Cachoeira do Campo, para transformá-lo em hotel 5 estrelas que entrará em operação já no próximo ano. A primeira cadeia internacional que chega ao Estado, destacando seu potencial, já cogita da implantação de uma segunda unidade, em Brumadinho, e buscando aproveitar o potencial de Inhotim, hoje ponto turístico brasileiro de maior visibilidade no exterior.

Cabe atentar para estes movimentos e cuidar de oferecer-lhes o mais adequado suporte, assegurando assim sua continuidade. Estamos falando, por exemplo, de melhores condições de acesso a cada um desses pontos, como as cidades do Ciclo do Ouro ou, ainda mais, de Brumadinho, que continua dependente de melhores condições de acesso, o que com certeza potencializaria a atratividade de Inhotim, também carente de melhorias substanciais, postergadas faz tempo, na oferta de hospedagem e demais serviços de apoio.

É preciso deixar bastante claro que a indústria do turismo tem potencial multiplicador reconhecido, com variadas atividades de apoio que podem significar rápida geração de empregos e de renda. E numa escala, sem que vá nessa afirmação qualquer exagero, em condições de transformar o Estado e sua base econômica. Os fatos claramente apontam nessa direção e, mais, nos ajudam a enxergar um futuro que, além de diferente, poderá ser muito melhor para Minas e para os mineiros.

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