Editorial

Gestão forte faz do cooperativismo um modelo com respostas eficazes

Desempenho do cooperativismo no Estado tem chamado atenção
Gestão forte faz do cooperativismo um modelo com respostas eficazes
Crédito: Adobe Stock

O desempenho do cooperativismo em Minas, conforme dados revelados na edição de fim de semana deste jornal, chama atenção. As cooperativas locais já representam 14,9% do Produto Bruto estadual e exibem crescimento bem acima da média dos negócios em geral. Enquanto indústria, serviços e agropecuária cresceram entre 3% e 4% no ano passado o cooperativismo avançou sete vezes mais, sendo devido apontá-lo como uma das locomotivas da economia regional. Conforme demonstrado, entre os anos de 2020 e 2024 o cooperativismo mineiro mais que dobrou de tamanho, com crescimento médio de 20% ao ano, padrão que deverá ser mantido, conforme indicam as projeções realizadas e englobando as cerca de 800 cooperativas que atuam no Estado.

São padrões, cabe ainda ressaltar, que também se destacam nacionalmente, conferindo ao sistema mineiro ampla e consolidada liderança, um claro diferencial que deve ser creditado à atuação da Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg). E, diretamente, a seu presidente, Ronaldo Scucato, que por sua vez credita o sucesso à estratégia adotada, de fortalecimento da gestão com um portfólio de soluções de capacitação e monitoramento. Estrutura que empresas, notadamente as de menor porte, não teriam como alcançar se restritas aos padrões convencionais, o mesmo ocorrendo com relação ao acesso a novas tecnologias e consequente elevação da produtividade.

Destacar essas realizações deve ser entendido como bem mais que simples reconhecimento. Trata-se antes de tudo de apontar o modelo cooperativista como o mais adequado para o impulsionamento dos negócios, fazendo da união realmente a força destes empreendedores e também abrindo espaços para soluções inovadoras socialmente mais adequadas. Algo inclusive que também já se projeta de dentro para fora, conforme pesquisas que registram a preferência das novas gerações por este modelo negocial no entendimento de que ele é pautado também por responsabilidade social, ambiental e pela transparência.

Conforme resumiu Scucato nas já mencionadas declarações ao Diário do Comercio, “somos um modelo moderno e que responde às exigências do nosso tempo, sem abrir mão dos valores cooperativistas”. Cabe observar, cabe registrar, mas caberia sobretudo aprender. Afinal, parece suficientemente claro que as transformações requeridas no campo dos negócios e das atividades econômicas, na própria sociedade, podem encontrar as melhores respostas precisamente no modelo cooperativista.

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