Editorial

Memória a cultivar: história e legado de JK devem ser homenageados

Prefeitura de BH quer acrescentar o nome do lendário político mineiro à avenida do Contorno
Memória a cultivar: história e legado de JK devem ser homenageados
Crédito: Gervásio Baptista/Arquivo Pessoal

À procura de rumos ou, antes, de quem seja capaz de indicá-los e liderar a caminhada na melhor direção, a nação brasileira não pode esquecer suas principais referências na política e na gestão pública. Como o mineiro de Diamantina Juscelino Kubitscheck, para muitos o melhor dentre os políticos contemporâneos, o construtor de Brasília e o desbravador do futuro. Sobretudo, o líder inspirador que não encontrou herdeiros capazes de levar adiante e com igual brilho seu importante legado. Lembrar JK, cuja morte completa 49 anos no próximo dia 26 de agosto, será sempre muito mais que homenagens e reconhecimento, mas antes a tão necessária e urgente busca de emulação para o Brasil e para os brasileiros.

Pontuar esta questão, recordando que o diamantinense, funcionário dos Correios na sua cidade natal e médico em Belo Horizonte, começou a construção de sua caminhada política precisamente como prefeito da capital mineira, elevando a cidade a um novo patamar, deixando marcas tão importantes quanto a pavimentação da avenida do Contorno e, adiante, a construção da Pampulha, monumento arquitetônico de importância mundial e espécie de ensaio geral para o desenho e construção de Brasília. São memórias que não podem ser apagadas.

Precisamente por esta razão e fato sobre o qual certamente não pairam dúvidas, cabe destacar proposta da Associação Comercial de Minas, nas palavras de seu ex-presidente José Anchieta da Silva, e há pouco levada ao prefeito Álvaro Damião de acrescentar Juscelino Kubitschek à denominação da avenida do Contorno. Ideia, cabe assinalar também, que já recebeu o “sim” do prefeito – e diante de uma plateia de empresários da cidade – e virá sanar lacuna só aceitável por desmemoriados. E tudo isso, como também foi oportunamente registrado, sem o vício de alterar a já conhecida denominação de uma das mais importantes vias urbanas.

Na realidade não seria pedir muito, não seria fugir à razoabilidade, sugerir que a pretendida correção histórica, coincidindo com a aproximação precisamente do cinquentenário da morte de JK, o prefeito, o governador e o presidente da República que soube dignificar e dar o sentido mais nobre à sua trajetória política, tenha maior alcance. A cidade que não cultua a memória, que dá pouca atenção às suas referências e exemplos, pode e deve fazer mais.

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Trata-se de encontrar espaço e devido destaque para um grande memorial e monumento dedicado a JK. Assim eternizando a presença do mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira na cidade que o projetou para a vida pública e para a política. Reconhecimento tardio e assim ainda mais importante.

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