Editorial

Inhotim impulsiona investimentos e turismo em Brumadinho e região

Cadeia europeia de hotéis Vila Galé confirmou investimento de R$ 130 milhões em um resort de luxo no município mineiro
Inhotim impulsiona investimentos e turismo em Brumadinho e região
Obras de arte em Inhotim | Foto: Mtur/ Pedro Vilela

O museu do Inhotim, em Brumadinho, é apontado internacionalmente e conforme pesquisas acreditadas, como principal referência cultural do Brasil na atualidade. Sua proposta, seu acervo e o parque que o abriga, definidos por publicação europeia como a “disneylândia das artes” ganharam projeção e reconhecimento na Europa e na América do Norte mesmo antes de serem percebidos no País, tornando-se dessa forma elemento propulsor também para o turismo. Próximo de completar duas décadas desde a abertura em 2006, todo esse sucesso ainda não se refletiu na oferta de suporte, de acesso e hospedagem principalmente, à altura do potencial que permanece inexplorado. Sem lugar a dúvidas, para o município, para o Estado e para o País.

São observações que nos ocorrem diante do anúncio de que a cadeia europeia de hotéis Vila Galé confirmou investimento de R$ 130 milhões em um resort de luxo em Brumadinho, justamente para atender à demanda gerada a partir de Inhotim. A cadeia, que acaba de inaugurar na região de Ouro Preto seu primeiro estabelecimento em terras mineiras, promete iniciar abras ainda neste ano e iniciar suas operações em 2027. Mais que suporte indispensável para Inhotim, será elemento de alento para o turismo na região, além de convite a outros e ainda maiores investimentos.

Tudo isso com um foco mais amplo, contemplando na realidade o turismo em Belo Horizonte e em todo o circuito histórico, de Sabará, Ouro Preto, Congonhas, até Tiradentes e São João del-Rei. O chamado turismo de montanhas, de certa forma em contraposição do turismo de verão e de praias, ganhou força nos últimos anos, fazendo de Minas Gerais um dos destinos de maior demanda no País, tudo isso com resultados que são visíveis e palpáveis. Para festejar, como no caso agora dos dois novos hotéis da cadeia Vila Galé, mas sobretudo para emular. O potencial, a atratividade reconhecida, suportam muito mais.

Com atenções também para as condições de acesso que, no circuito, são essencialmente rodoviárias, merecendo cuidados que têm sido postergados. A começar precisamente de Inhotim, tendo em conta que o principal acesso é a partir de Belo Horizonte e em condições que estão muito distantes do desejável. Todo o circuito na realidade reclama mais atenção, notadamente a duplicação dos acessos a Ouro Preto e Tiradentes/São João del-Rei. Igualmente importante seria a integração dos aeroportos da Pampulha e de Betim, este ainda em construção, no mesmo contexto. Serão com certeza investimentos multiplicadores e de retorno seguro.

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