Inovação é caminho para ampliar horizontes e diversificar a economia mineira

A economia de Minas Gerais conheceu, a partir da segunda metade do século passado, transformações de grande impacto, com ganhos no processo de diversificação e, particularmente, de industrialização, de que são exemplos o parque siderúrgico e a indústria de material de transporte. Um esforço bem orientado e fundado no planejamento produziu resultados que devem ser festejados, mas não bastam para alterar o fato de que mineração e agronegócio prosseguem como principal atividade econômica nos limites do território mineiro.
E de alguma forma também um desafio para o futuro, para quem tentar antecipar os rumos da economia regional, assim orientando este processo na melhor direção. Cabe refletir sobre o que somos e, mais ainda, sobre o que desejamos ser.
Com esse foco não há como deixar de perceber a importância e oportunidade do acordo de cooperação firmado entre a Secretaria de Desenvolvimento e a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-MG), visando identificar gargalos, buscar soluções e criar meios para fortalecer as empresas do setor instaladas em Minas, atrair novos investidores, além de criar meios para estimular a inovação. O ponto de partida será a elaboração de diagnóstico sobre o setor, a cargo de um grupo de trabalho reunindo governo, empresas e academia, apontando potencialidades a explorar e gargalos a desobstruir. A partir daí será estruturado algo como um guarda-chuva de ações, desde a formação de mão de obra passando pelo monitoramento das empresas de base tecnologia e suas eventuais dificuldades.
Conforme declarou ao Diário do Comércio o presidente da Assespro-MG, Fernando Santos, o que se pretende é deixar Minas Gerais na vanguarda do setor, com empresas de base tecnológica bem sólidas. E tudo isso tendo como resultado mais imediato a geração de renda e de empregos de qualidade, com impacto também no aumento da arrecadação e no desenvolvimento da sociedade. Mais que aplaudir a iniciativa cabe ressaltar que ela representa também um modelo inovador em termos de articulação e fomento, certamente merecendo ser replicado em escala mais ampla.
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Porque na realidade este movimento ajuda a responder às indagações feitas no início deste comentário no sentido de ampliar horizontes e criar alternativas para além das atividades tradicionais que determinaram a ocupação do território de Minas Gerais, erigiram sua base econômica e, passados três séculos, pouco mais, não evoluíram da forma desejável ou em acordo com as potencialidades regionais.
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