Mobilidade urbana na RMBH precisa de articulação entre os municípios

Em recente encontro entre a presidente em exercício da Câmara Municipal de Belo Horizonte e o governador Romeu Zema, a questão da mobilidade urbana voltou à pauta. Assuntos como o trânsito na região do bairro Belvedere, na divisa com Nova Lima, e a construção da Linha 2 do metrô, ligando Nova Suíça e Barreiro, foram lembradas, assim como a integração dos diversos modais. E no entendimento de que mobilidade é bem mais que assegurar que pessoas possam se movimentar em melhores condições de conforto e agilidade, sendo igualmente essencial para o bom andamento das atividades econômicas.
No que toca à Região Metropolitana de Belo Horizonte, que hoje vem a ser a terceira maior concentração urbana no País, condição que ainda não se refletiu na disponibilização dos recursos necessários para as melhorias reclamadas, caberia repetir que avanços efetivos têm como pressuposto melhor articulação entre os seus municípios. Sem entendimento e esforços comuns, partilhados, inclusive na esfera da política, será mais difícil, se não de todo impossível, avançar no ritmo desejável. E estamos falando de muito mais que boas intenções.
É preciso enxergar e ter em conta a complexidade representada pela gestão de 34 municípios, número que deve ser acrescido de outros 16 que formam o chamado “colar metropolitano”. São realidades distintas sobre todos os aspectos, somando dificuldades de ordem social, econômica e política que são também obstáculos à desejável e tão necessária integração, conforme apontado na reunião relatada acima. São questões complexas, sem dúvida, mas tanto quanto o entendimento de que como está não pode ficar.
Da mesma forma que não parece fazer nenhum sentido que assuntos tão complexos sejam tratados isoladamente e como se tudo estivesse limitado aos problemas na divisa entre Nova Lima e Belo Horizonte, assim ignorando que um sistema de transporte de massa adequado deveria cobrir e atender à toda região metropolitana ou que o bom andamento do projeto e, adiante, das obras do Rodoanel absolutamente não pode ficar à mercê de interesses que bem podem ser apontados como singulares.
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Olhar para frente significa, portanto, que não há outro caminho que não a efetiva integração, nos planos do planejamento, execução e gestão, de tudo aquilo que, com um olhar sempre positivo, bem pode transformar problemas em soluções. Com ganhos reais para a população da área mais densamente povoada no Estado e onde igualmente estão concentradas também as principais atividades econômicas em Minas Gerais.
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