Editorial

Notícias para comemorar

Notícias para comemorar
Mudamos sim, mudamos para melhor, o que não nos exime de reconhecer que o ideal ainda possa estar bem distante | Crédito: Ricardo Stuckert/PR

Para desgosto dos que ainda teimam em acreditar no contrário, as evidências de que a partir de janeiro passado, com a troca de governo, o Brasil deu um salto de qualidade de fácil percepção são crescentes. E não é uma questão de opinião ou de preferência política, são fatos objetivos que quem tiver olhos para ver não deixará de perceber. Com o alívio, enorme alívio, imagina-se, de saber que nem de longe a questão se resume a confirmar inclinações políticas, mas, sim, pura e simplesmente, de compreender que o País vai mudando para melhor. Ou que o pior ficou para trás.

Notícias que não podem ser despercebidas, que não são fake news e não podem ser atribuídas, num simplismo arrogante, à “imprensa vendida”, aquele terreno onde existe espaço até para atribuir à Rede Globo a condição de “comunista”, confirmam e atestam mudanças, evolutivas, que o cotidiano confirma.

Mudamos sim, mudamos para melhor, o que não nos exime de reconhecer que o ideal ainda possa estar bem distante. Felizmente, tampouco de festejar conquistas muito relevantes. Bastaria lembrar que as previsões de expansão da produção interna, medida pelo PIB, foram revisadas para mais, acrescentando que estes não são dados de propaganda e sim informações chanceladas pelo insuspeito Fundo Monetário Internacional. Seriam eles também agentes a serviço da tormenta que se abateu sobre nosso País? Aos ainda assim renitentes, que não são muitos, mas existem, poderia ser mencionado o comportamento da inflação. Tudo isso contrariando o ex-ministro Paulo Guedes, que deixou Brasília afirmando que o Brasil rapidamente se transformaria numa nova Argentina, isso antes de chegar à condição da Venezuela.

É a ele especialmente, tantas vezes apontado como um dos luminares contemporâneos da ciência econômica no País, que deve estar reservada a última das boas notícias desses dias. Estamos falando da elevação da nota de crédito do Brasil, que havia sido rebaixada em 2018, pela agência de classificação de risco Fitch. A agência, conforme noticiado na última quarta-feira, elevou a nota do Brasil de “BB-“ para “BB”. Respeitabilíssima chancela que também parece confirmar outro feito notável, a normalização das relações internacionais do País, cuja diplomacia sempre foi respeitada mas que sofreu muito desgaste no quadriênio anterior. Tudo isso com reflexos já muito bem percebidos nas relações de comércio, sinalizando igualmente a possibilidade de retomada de investimentos internos numa escala que só vai agredir os que continuam defendendo a tese do “quanto pior melhor”.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas