Pensar grande: Ministério dos Transportes pretende realizar 15 leilões para concessão de rodovias que podem ser cruciais

O Ministério dos Transportes acaba de anunciar que pretende realizar ainda este ano 15 leilões para concessão de rodovias, projeto que, levado a bom termo, representará investimento da ordem de R$ 161 bilhões e melhorias em 7,2 mil quilômetros de estradas. Os leilões programados para 2025 representam também mais que o dobro dos realizados no ano anterior e, na perspectiva do governo, marcarão também a consolidação do novo modelo de concessões, apontado como mais atrativo para investidores, podendo devolver ao sistema rodoviário nacional, parte dele pelo menos, melhores condições de operação.
Para um país cuja infraestrutura de transportes tem nas rodovias seu principal modal, responsável pela movimentação de mais de 60% das cargas, o sucesso dessa empreitada pode ser apontado como crucial. E se completa com os investimentos previstos e confirmados para o sistema ferroviário, com linhas que cortarão o país de Norte a Sul, de Leste a Oeste.
Ajudando assim a desobstruir gargalos, cuja existência comprometem custos, competitividade e a própria expansão da economia nacional, claramente um dos componentes de peso e relevância na composição do chamado Custo Brasil.
Um olhar nesta perspectiva recomenda seguir adiante, buscando desbravar alternativas que possam ajudar a alterar, para melhor, o presente, com resultados imediatos, e o futuro. Um pensar grande que nos recorda projetos – e promessas – que partiriam de uma visão mais abrangente do potencial dos diversos modais e sua necessária integração, com aproveitamento do melhor que cada um tem a oferecer. Algo que necessariamente remete à navegação fluvial, que com os necessários ajustes e devida infra estrutura poderia, sem exageros, ser a espinha dorsal de todo o sistema de transportes no país, e a navegação de cabotagem, em que igualmente condições favoráveis e vantagens competitivas prosseguem inexplicavelmente deixadas de lado.
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Temos o que fazer, sabemos perfeitamente como avançar e não falta a compreensão de que, sobretudo por conta da extensão territorial e da distribuição da população, a disponibilidade de meios de transporte, de cargas e de pessoas, a custos competitivos, pode ser verdadeira chave para transformações econômicas e sociais na escala possível e desejável. Olhar para a frente, num conceito menos imediatista, nos permitirá enxergar o futuro, o que desejamos para o Brasil e para os brasileiros, tudo que está ao alcance da vontade, do planejamento e do esforço continuado. Tão simples quanto perfeitamente possível.
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