Editorial

Tragédias ambientais: o papel da Cemig na prevenção e atendimento emergencial

Ao contrário da Enel, em São Paulo, a Cemig se antecipou aos riscos de desabastecimentos em função da temporada de chuvas
Tragédias ambientais: o papel da Cemig na prevenção e atendimento emergencial
Crédito: Divulgação Cemig

Os eventos climáticos vêm se tornando cada vez mais extremos em todo o mundo, à medida que avança o aquecimento global, gerando apreensão em relação a tragédias como a ocorrida no Rio do Grande do Sul com as enchentes no início do ano. Este cenário sombrio e imprevisível exige a adoção de medidas de prevenção e atendimento emergencial por parte da defesa civil dos estados e municípios, assim como de empresas que atuam no setor de infraestrutura, como concessionárias de energia e de rodovias.

Após uma severa estiagem de seis meses, as chuvas voltaram de forma moderada em Belo Horizonte, mas a tendência é que fiquem mais intensas e devastadoras nos próximos meses. Ao contrário da Enel, que busca apenas lucro para distribuir generosos dividendos aos seus acionistas e não se preparou para as conseqüências das intensas precipitações na capital paulista, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) cumpriu a sua obrigação de se antecipar aos riscos de desabastecimento de energia elétrica com as chuvas.

A diferença de atitude entre as duas companhias demonstra como a privatização de empresas responsáveis pela prestação de serviços essenciais pode ser nefasta para toda a sociedade. Enquanto a Enel diz que não havia demanda para investimentos em prevenção contra as enchentes, a Cemig garante que está preparada para manter o fornecimento de energia elétrica durante o período chuvoso.

Neste ano, a estatal mineira já investiu quase R$ 220 milhões em ações para reduzir ocorrências devido a quedas de galhos e árvores sobre a rede, na limpeza de faixa de servidão e em inspeções de circuitos elétricos nos 774 municípios atendidos pela empresa no Estado. Até dezembro, estão previstos mais R$ 90 milhões de aportes. Além disso, outros R$ 90 milhões estão previstos para serem aportados até dezembro. Com isso, a companhia vai totalizar R$ 310 milhões em investimentos neste ano.

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Para assegurar que os seus clientes não sejam prejudicados pelas fortes chuvas comuns nesta época do ano, a Cemig afirma que ampliou o número de equipamentos de apoio à operação e pretende aumentar o efetivo de trabalhadores em campo e no monitoramento do sistema elétrico. Este é o comportamento esperado de uma empresa comprometida com a essencialidade dos serviços que presta à comunidade no qual está inserida.

Com o agravamento da crise climática, a perspectiva é que eventos ambientais extremos sejam mais intensos e frequentes nos próximos anos, tendo em vista que as grandes potências poluidoras mundiais fingem que o problema não é delas. Neste cenário nebuloso, é necessário um engajamento social profundo para amenizar as próximas tragédias ambientais anunciadas.

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