Eficiente, eficaz ou efetivo?
As empresas buscam, permanentemente, profissionais diferenciados, que entreguem seus resultados com eficiência e eficácia. Então, você sabe diferenciar o significado entre essas duas palavras? De modo simplificado, a eficiência é o ato de “fazer corretamente as coisas”, enquanto a eficácia consiste em “fazer as coisas corretas”. Essas duas virtudes são indispensáveis e têm o mesmo nível de importância no mundo corporativo.
Ser eficiente, ou seja, desempenhar as atividades da melhor forma e com menos recursos, mas não atingir os resultados esperados, é um esforço em vão. Por outro lado, ser eficaz, alcançando os objetivos, embora de qualquer maneira e sem se preocupar com a otimização dos recursos e com a maximização dos resultados, é trabalhar desnecessariamente. Isso significa que se gasta mais para obter menos retorno, o que também não é nada vantajoso.
Em épocas de crise, como a atual, onde muitas empresas procuram rever seus processos internos, a fim de “fazer mais com menos”, as lideranças comandam reestruturações que possibilitam potencializar os resultados. Nesse contexto, a eficiência pode ter, por um momento, uma relevância maior do que a eficácia. Assim, os gestores assumem um papel essencial dentro das organizações, uma vez que precisam levar os colaboradores a fazerem as coisas certas – com a máxima eficácia e eficiência possíveis. Em outras palavras, menor uso de recursos, tempo, budget e demais questões.
Portanto, mais que eficiente e eficaz, deve-se ser efetivo: fazer corretamente as coisas certas. Esse terceiro conceito engloba os dois anteriores, formando um tripé fundamental para a atuação de qualquer profissional e garantindo a produtividade. Ainda podemos acrescentar a qualidade, que também tem estado em evidência no ambiente corporativo. Nesse caso, alcançar a excelência, além de outros aspectos, requer saber diferenciar o urgente e o importante. Dentre as tarefas que estão à sua frente, em qual dessas classificações elas se enquadram? Você sabe distinguir uma da outra?
É também de suma importância que exista um cuidado com a cultura do “tudo para ontem”, muitas vezes presente nas organizações. Algumas empresas têm esse tipo de modus operandi, que é extremamente danoso tanto para o clima organizacional quanto para a saúde das pessoas. Não à toa, muitos colaboradores têm adoecido, em função desse tipo de pressão, o que impacta negativamente a produtividade e compromete a qualidade das entregas.
O mercado de trabalho tem se tornado cada vez mais competitivo. Poucos são os profissionais que se destacam e conseguem conquistar mais visibilidade, melhores posições e remunerações. Entretanto, uma coisa eu posso te garantir: com crise ou sem crise, as empresas estão ávidas por pessoas diferenciadas, que criem valor agregado para a obtenção dos resultados. Usualmente, são aquelas curiosas, questionadoras, agentes de transformação do status quo e que propõem novos caminhos. Elas têm controle emocional, resiliência, boa comunicação e sabem trabalhar em times multidisciplinares. E são, sobretudo, criativas e adaptáveis às mudanças.
Parece a descrição de alguém perfeito; não é verdade? Mas essas são apenas algumas das competências e habilidades desejadas no meio corporativo, também conhecidas como soft skills. Inclusive, a falta delas tem levado a várias demissões, do estagiário ao presidente. Ao contrário, a reunião de muitas dessas características contribui para a consolidação de um profissional eficiente e eficaz. Evidentemente, para se tornar indispensável, ainda é preciso estar atento às novas tecnologias e acompanhar os lançamentos do mercado. Como, sabiamente, disse o físico Albert Einstein: “A vida é igual a andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio, é preciso se manter em movimento”.
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